Hoje, no jornal, falava-se da observação recente de uma explosão vinte vezes mais brilhante do que todas as estrelas da Via Láctea juntas, formando uma “supernova ...ultraluminosa” (sic), à distância de 3,8 bilhões de anos-luz. Seu brilho equivale a 570 bilhões de sóis. Tudo, nesta informação, é marcado por números grandes demais para que a nossa mente assimile: tamanho, tempo, bilhões para lá, bilhões para cá.... Mas não quero reforçar o já muito repetido argumento da nossa insignificância diante disso; muito pelo contrário: admira-me a nossa “significância”: consciências presas dentro de corpos de “seres de um dia “ (como diria Homero), ousando debruçar-se sobre um tempo e um espaço incomensuráveis, presenciando, bisbilhotando e buscando entender.
Com certeza, diante do mistério da consciência, os dois grandes vetores que sustentam o palco do nosso teatro da vida, o tempo e o espaço, se relativizam. Que tamanho tem a consciência? Que duração? Se dentro dela cabem bilhões... e ela não se satisfaz ou detém ante esta espetacular cifra?
Dizem que a vida espiritual se caracteriza pela busca permanente de compreensão e encontro da eternidade; parece que basta esquecer um pouco do banal, que a nossa consciência corre para esta direção, como se fosse uma lei da gravidade própria de seu plano: solte-a do trivial, e ela “cai” para o eterno. Tantos mistérios há por trás de cada momento, nessa trajetória que chamamos de vida, trajetória de um ente real por um caminho (espaço/tempo) ilusório...
Olhe este Sol que nasce: nós o vemos e fazemos todas estas indagações; será que ele nos vê, e também indaga algo? Ou seríamos os únicos e privilegiados seres conscientes no meio de tudo isso? Quem sabe a Eternidade é que seja a grande observadora de tudo o que há para observar, e nós, que pensamos procurá-la, estejamos sendo procurados por ela desde o início desta dimensão que chamamos de “tempo”?
Um dia, a consciência forçará tanto os limites desta sua “cela” de matéria, o corpo, que talvez o obrigue a abrir uma nova janela para que ela veja a Eternidade, nascendo, assim, um novo tipo de visão. Sim, isso me parece plausível, e digno de ser buscado. Em vista disso, tão lógico para mim, em meu dia de hoje, por trás de tudo o que farei, alimentarei minha fome e minha sede de eternidade. "Crer para ver", afinal, talvez seja um mistério ainda maior que seu inverso...mais próximo da verdade.
Com certeza, diante do mistério da consciência, os dois grandes vetores que sustentam o palco do nosso teatro da vida, o tempo e o espaço, se relativizam. Que tamanho tem a consciência? Que duração? Se dentro dela cabem bilhões... e ela não se satisfaz ou detém ante esta espetacular cifra?
Dizem que a vida espiritual se caracteriza pela busca permanente de compreensão e encontro da eternidade; parece que basta esquecer um pouco do banal, que a nossa consciência corre para esta direção, como se fosse uma lei da gravidade própria de seu plano: solte-a do trivial, e ela “cai” para o eterno. Tantos mistérios há por trás de cada momento, nessa trajetória que chamamos de vida, trajetória de um ente real por um caminho (espaço/tempo) ilusório...
Olhe este Sol que nasce: nós o vemos e fazemos todas estas indagações; será que ele nos vê, e também indaga algo? Ou seríamos os únicos e privilegiados seres conscientes no meio de tudo isso? Quem sabe a Eternidade é que seja a grande observadora de tudo o que há para observar, e nós, que pensamos procurá-la, estejamos sendo procurados por ela desde o início desta dimensão que chamamos de “tempo”?
Um dia, a consciência forçará tanto os limites desta sua “cela” de matéria, o corpo, que talvez o obrigue a abrir uma nova janela para que ela veja a Eternidade, nascendo, assim, um novo tipo de visão. Sim, isso me parece plausível, e digno de ser buscado. Em vista disso, tão lógico para mim, em meu dia de hoje, por trás de tudo o que farei, alimentarei minha fome e minha sede de eternidade. "Crer para ver", afinal, talvez seja um mistério ainda maior que seu inverso...mais próximo da verdade.
Essa reflexão instiga a não descansar enquanto não entender um pouco mais deste mistério que é a consciência.
ResponderExcluirA nossa consciência é do tamanho do que sabemos sobre o universo...
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