Somos profissionais ou amadores?

Steven Pressfield comenta, em seu belíssimo livro "A Guerra da Arte", sobre a diferença entre um profissional e um amador. Pode parecer curioso, mas o adjetivo "amador" vem mesmo de amor, daquele que ama, mas que o faz de forma passional, egoísta, imatura, temerosa, e que termina por não realizar a sua missão. Já o profissional é sóbrio, lúcido, possui ritmo, continuidade e senso de compromisso. Não se abate com as derrotas ou com as circunstâncias: atua, contra ou a favor delas.

Crer nos homens e trabalhar por eles é uma missão que, com certeza, exige profissionais. "Remunerados" pela ação em si, 
inexoráveis em seus esforços, não nutrem fantasias ou expectativas insensatas de resultados, que podem ser escassos ou nenhum. Ainda assim, cumprem seu trabalho, fazem o que lhes incumbe, protagonizam e confiam. Fazem o que é humano; o que está além do humano há de estar presente e completar a missão, pois o profissional bate à sua porta, pontual e ciclicamente.

Enfim, trabalhar pela humanidade exige, certamente, atravessar o difícil umbral entre o amador frágil e hesitante e chegar até o sólido profissional; quem aceita o desafio?

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