tag:blogger.com,1999:blog-30263650643247583372024-03-05T18:28:10.159-08:00Observações MatinaisObservações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.comBlogger93125tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-53377546972797382352014-06-30T18:21:00.000-07:002015-10-23T11:51:08.107-07:00A Lógica e a Inteligência da Vida:<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<b style="background-color: #eeeeee;">Para Mônica Dias e Ricardo Vela.<o:p></o:p></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #eeeeee;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: #eeeeee;">No aeroporto,
uma menininha pedia que a mãe abrisse um pacote de <i>m&m’s</i>. A mãe atendia, sorridente, ao seu pedido, e lhe devolvia
o pacote aberto, junto com um beijo; singela e meiga cena. Um dia, a menina
crescerá; já poderá abrir, e até mesmo comprar seu próprio pacote de <i>m&m’s</i>, ou outra coisa qualquer que
deseje. Ainda assim, amará a mãe, mas será... um pouco diferente. Chegará um
tempo, mais ainda no futuro, em que a mãe já não poderá comprar nem abrir seu próprio
pacote de <i>m&m’s</i>, e a filha abrirá
para ela; os sentimentos ainda estarão aí, mas ainda mais diferentes que na
cena anterior: a filha agora tem seus filhos, seu trabalho... as demandas da
sua própria vida, e a mãe terá que achar espaço no meio delas. Um espaço que, em geral, se
estreita quando o tempo avança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: #eeeeee;">Em tudo isso,
guardando lugar para as sempre possíveis variações individuais, os sentimentos
sofrem variações previsíveis e “mapeáveis” com antecedência, até. É a chamada “dança
da vida”, com passos nem sempre tão belos, algumas vezes dolorosos para seus
integrantes. Isso transmite uma impressão estranha: como se fôssemos
executantes de um “software” cujo final, um tanto amargo, já conhecemos desde a
aquisição do “pacote”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: #eeeeee;">Quando
vivemos um momento como o que hoje vivo, em que alguém que amamos se vai,
algumas vezes, a vida nos surpreende com algo não previsto em nenhum software
conhecido: pessoas sem qualquer vínculo de sangue físico, capazes de entrar na
tua dor e dividi-la contigo, por simples compromisso com a dor humana. Pessoas
que tomam para si a tua dor e “pagam o preço” junto contigo. Pessoas...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: #eeeeee;">Isso me faz
pensar sobre a margem de imprevisibilidade dos sentimentos humanos; parece que
existe uma “quota básica” dos mesmos, incluída no “pacote vida” adquirido, mas
isso não é tudo: é apenas o começo. A partir daí, parece que o sentimento
humano envereda por uma outra lógica, sem algoritmo previsível, uma espiral
ascendente e ousada, bela e... humana. Ainda iremos querer nossos pacotes de <i>m&m’s</i>, talvez, podendo ou não
adquiri-lo ou abri-lo sozinhos; mas haverá mais que prazeres e desejos deste
pequeno eu, amante de chocolates e de si mesmo, e de não muito mais. Que insólito
processo o homem é capaz de desencadear ao desbravar novos circuitos de
sensibilidade e necessidade, como se trouxesse o coração do outro para si; já
não é gratidão, convenção ou protocolo social que rege o processo; é só...coração.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: #eeeeee;">Isso surpreende,
e dá um novo sabor de aventura à vida; quem sabe o que ainda virá, quantos
corações conseguiremos compactar e incluir dentro do nosso? Aonde as
necessidades deles nos levarão? Posso mesmo ousar imaginar o ponto final deste
processo: todos os corações dentro de um só; todas as necessidades humanas demarcando
o seu destino; um espaço que se expande quando a vida avança; uma outra lógica...
Só o vislumbre dessa possibilidade dá uma nova perspectiva à vida, mais doce
que <i>m&m’s</i>, mais contundente
convite ao voo rumo a um céu humano de possibilidades do que qualquer aeroporto
do mundo possa simbolizar. <o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: #eeeeee;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: #eeeeee;">Se tem um nome
para isso, talvez seja... Humanidade; esse território inexplorado e belo como
um conto de fadas; acho mesmo que estes contos são diários de viagem de quem
andou por aí, e quis nos deixar uma trilha, um passaporte. Honra, nobreza,
grandes desafios compartilhados, amores eternos... onde? Nos caminhos tão pouco
explorados... do coração humano, quando se abre e se expande além de qualquer “script”,
por um simples e grandioso ato de amor e de vontade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-17865042145339227092014-06-30T14:05:00.000-07:002020-02-22T14:33:12.702-08:00Reflexão do dia: uma observação sobre os nossos sentimentos<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sabe aquele cachorrinho que, ao ganhar, você acha a coisa mais doce, linda e fofa do mundo, mas, como passar do tempo, esquece disso e começa a prestar atenção apenas na sujeira, nos latidos, no trabalho que dá, e a atenção e o carinho vão escasseando? Um dia, chega um amigo de visita em sua casa e diz: “- Que cachorrinho tão bonito, manso e educado! Parabéns!” E você relembra que tem um animalzinho assim e volta a dar valor a ele... Quem nunca viveu algo parecido?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Pois, num dia desses, observei que a mesmíssima situação ocorre entre seres humanos. Uma pessoa dedica o melhor da sua energia por muitos anos a uma empresa, uma instituição ou mesmo a um relacionamento afetivo; passado algum tempo, percebemos uma certa banalização deste relacionamento, com a outra parte valorizando pouco ou mesmo deixando de ver o valor desta pessoa. Digamos que o nosso protagonista, ele ou ela, comece a fazer algo pela sociedade, e seja reconhecido e valorizado pela qualidade do trabalho que faz; parece que esta apreciação externa “desperta” o antigo parceiro, seja patrão, chefe, marido/esposa, seja o que for; rapidamente, reconsidera seu comodismo e desperta para o esquecido valor do outro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Não te parece curioso, isso? Que estranho “sentimento” este, que precisa ser estimulado pela opinião de terceiros para não se apagar! Diziam os antigos que o manifestado é perecível, e precisa de um ponto de eternidade para se renovar. Ponto de eternidade, para nós, seria um núcleo sólido de valores humanos bem assentado no centro da nossa identidade. A partir daí, como num farol, iluminaria as coisas com que me relaciono e avaliaria bem sua natureza e valor. Fora disso, há que esperar algum navio eventual passar por ali e jogar suas luzes à nossa volta, como num flash, cheio de reflexos duvidosos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Não sei se me faço entender: minha intenção não é promover a vitimização, “...porque também fui vítima de um caso assim!”, mas dar a perceber que nos revezamos nos papéis de vítimas e algozes ao longo da vida, uma vez que precisamos todos crescer. Se não nos aproximamos de algo sólido e real, estaremos nas mãos do impermanente e de suas flutuações, inclusive nos planos mental e emocional. Daí, a conclusão filosófica é inevitável: corremos de todos os jeitos e para todas as direções, mas não damos um único passo real, se não nos aproximamos da construção de nós mesmos como seres humanos. E ressalto: construção, e não condicionamento em hábitos, igualmente passageiros e de pouca cobertura.<o:p></o:p></div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-16694822989715274832014-06-30T07:50:00.000-07:002015-10-23T11:51:25.008-07:00Filosofia e seitas: uma reflexão útil...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
Uma das polêmicas mais acirradas que circulam hoje sobre o significado de palavras em geral gravita em torno da palavra “seita”. Proveniente do latim sequire , "seguir", normalmente trata, em uso corrente, de ideologias divergentes da oficial e com tendência ao isolamento social. Em extremo, podem se referir a grupos que cultivam excessiva devoção e obediência a um líder, de quem são “seguidores”, com uso de técnicas de persuasão opressivas ou manipuladoras.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
Como mesmo estes adjetivos são todos muito cheios de matizes, ao nos prolongarmos neste assunto, cairíamos num sem-fim de etimologias e conceitos discutíveis, mas não é este o nosso objetivo. É preciso perceber o que propõem, não as “filosofias”, pois é outro escorregadio conceito, uma vez que todo conjunto de ideias, homogêneo e coerente ou não, se intitula desta maneira, mas a Filosofia, tradicional e clássica, com a proposta que a trouxe à vida, e se isso se assemelha em alguma medida às chamadas “seitas’. </div>
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</div>
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</div>
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Penso que podemos nos apoiar em um dos mais conhecidos pensadores da humanidade, Sócrates, em uma de suas falas igualmente conhecidas, para começo de conversa: “Só sei que nada sei”. Pode parecer um paradoxo ou uma frase de efeito, à primeira vista, mas constitui um pensamento que define muito bem um filósofo: enquanto a média das pessoas se equilibra sobre supostas certezas, o filósofo encontra segurança exatamente em suas incertezas, ou seja, em saber que seus conceitos sobre o mundo são todos provisórios, apenas o melhor que logrou obter até agora, mas possui a permanente determinação de utilizar as oportunidades de aprendizado que a vida lhe oferece para aperfeiçoar estes conceitos. Em suma, o filósofo é sempre um ser em construção e um aprendiz.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
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</div>
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Tem certezas? Sim, está certo de que o sentido da vida humana é o aperfeiçoamento, e que há um aperfeiçoamento próprio dos seres humanos, que reside na compreensão e vivência de valores universais, tais como fraternidade, bondade, justiça etc. Para isso, vasculha o passado e observa o presente, atento e curioso, sempre buscando elementos que possam lhe servir de tema de reflexão sobre como melhor entender e viver estes valores. Ou seja, ama Platão, mas está disposto a aprender com o João da Silva, se este tem algo a lhe oferecer que forneça resposta satisfatória às suas questões sobre a difícil arte de viver como homens. Ou seja, não “segue” ninguém, mas é fiel a algo, em si mesmo, que tem sempre sede de coerência e crescimento. De Platão a João, sabe que todos os homens são duais, uma mistura de “um e outro”, de luz e sombra, e que sempre se pode aprender um pouco com sua luz e oferecer-lhe algo da nossa, como essência da arte de viver.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
A Filosofia isola? Nunca. É muito mais fácil para alguém que cresce na compreensão de si mesmo e do homem em geral entender as razões e necessidades que movem aquele parente excessivamente aficionado por uma linha religiosa ou o amigo ligado de forma muito entusiástica a uma visão política em especial, do que alguém que não o faz. O fenômeno humano, com suas buscas e angústias, conscientes ou não, interessa-lhe, e sempre busca formas de entender onde se localiza cada homem, quais as necessidades que o levaram até aí, e como ajudá-lo a partir do que é e de onde está, subir mais um degrau rumo à realização humana.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
Questionador? Sempre, mas não pelo prazer de contestar, e sim pelo amor à investigação e compreensão da vida. Como uma criança, a observação a fundo de cada detalhe e momento, banal para outros, o deslumbra. Ama a figura de um Da Vinci que se debruça sobre uma simples planta, copiando, meticuloso, o intrincado desenho das nervuras de suas folhas. Nunca responde a circunstâncias semelhantes de maneira igual: uma mesma pergunta feita em dois tempos apresenta o matiz da transformação de quem fala, de quem ouve, do tempo. Sempre diferencia, examina e se detém no aprendizado que cada peculiaridade da vida lhe traz; ama dialogar com a vida... cada nova ´possibilidade descoberta lhe traz mais liberdade: um mundo mais amplo por onde transitar e investigar; por isso, não teme o novo, nunca rejeita nada “a priori”, nem julga o que não conhece. </div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
Absolutamente fiéis e obedientes àquilo que percebem como valores universais, humanos, nobre e justos, são os filósofos os homens mais livres que há: não carregam o peso de presunções nem de preconceitos: estão sempre leves e puros ante a vida. Não temem o conhecimento, pois sabem que este lhes dá sempre mais espaço vital; dispostos a se reconstruírem e a crescerem, não carregam nem sequer o peso de uma identidade rígida e “concretada” pela inércia do que foram até aqui. Não temem pensar como todos nem diferente de todos; não temem pensar, enfim. </div>
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</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
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Não buscam recompensas senão a de serem cada vez mais humanos, nem temem castigos que não a ignorância e o estatismo. Difícil manipulá-los, pois nada que querem ou temem está fora de si próprios. Amantes da natureza humana,são dos que mais a compreendem, e com ela se comprometem. Por onde passaram os maiores dentre eles, na História, varreram a barbárie e a ignorância com uma chamada poderosa em prol da fraternidade, do ecletismo e do autoconhecimento.</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
</div>
<div style="-webkit-font-smoothing: antialiased; background-color: whitesmoke; border: 0px; font-family: Arial, Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.4em; margin-bottom: 1em; padding: 0px; text-align: justify; text-indent: 1em; text-rendering: optimizelegibility;">
Seja lá o que for que se denomine como seita, há que saber que nada há tão antípoda a este conceito quanto a Filosofia, esta saudável e luminosa arte ou ciência, que sempre trabalhou para desenvolver o senso e o discernimento humanos.</div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-12545144616378830212014-06-30T05:27:00.000-07:002020-02-22T13:49:48.524-08:00Ano novo, momento de renovar as esperanças; mas o que são mesmo “esperanças”?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Penso que
todos nós ganharíamos muito se, ao invés de gastarmos nosso vocabulário inconscientemente,
até tornar certas palavras “lugares comuns”, quase que totalmente esvaziadas de
seu sentido original e até de credibilidade, tomássemos um tanto do nosso tempo
para refletir sobre o que queremos mesmo dizer com estas mesmas palavras.
Verdade, isso é passatempo de filósofo; mas você já experimentou? Sem querer
desviar do assunto original para definir o que seria um filósofo, talvez você
se descubra como um deles, ao saborear a oportunidade de falar palavras cada
vez mais conscientes e fundamentadas...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Por exemplo:
esperança; belíssima palavra! Mas significa o que, mesmo? Esperar? Agir? Sempre
é positiva? Quando desejamos prosperar, por exemplo, (e todos desejamos!), nada
mais estamos pedindo aos céus senão que se coloquem a favor (“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">pro</i>”) de nossas esperanças (“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">spes</i>”). Popularmente, costumamos ouvir
que a esperança é “a luz no final do túnel”... Certo; então, ela é boa apenas
para quem deseja sair do túnel! Se o desejo é adormecer dentro dele, a luz se
torna apenas um incômodo para a vista. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Enfim, parece
que, quem tem esperanças, faz mais do que esperar: pede a ela inspiração para
caminhar, forças para lutar, energia para não desistir. E ela nos alenta e
acompanha. Há uma história que circula pela internet, destas que ninguém sabe
garantir bem a procedência ou a veracidade, mas que serve bem como ilustração,
pois, se não for veraz por sua correspondência com fatos, é veraz como
parábola, propícia a ilustrar uma ideia. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Trata-se de
uma cobaia de laboratório, um pequeno roedor que foi jogado em uma tigela de
água, em um experimento (mórbido e cruel experimento!) para saber quanto tempo
resistia até se afogar. Num momento seguinte, uma outra cobaia foi colocada na
mesma tigela, mas, instantes antes de se afogar, foi retirada e salva. Após
seca e descansada, foi colocada novamente na tigela: mensurado o tempo,
percebeu-se que ela se debatia o dobro do tempo normal, pois tinha a esperança
de que alguém a resgatasse em algum momento... Sim, devo mil perdões pela
barbárie do exemplo, e esclareço que sou eu a primeira a me horrorizar, com meu
amor aos animais e meus sonhos juvenis de ser uma veterinária e cuidar deles
pela vida afora. Mas lembrem: estamos usando a história como parábola, como
ilustração imaginária, mas plausível, de quanto a esperança duplica nossa
capacidade de resistir e lutar contra as adversidades, e não apenas de “esperar”
que algo ou alguém as resolva.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“A esperança é um bom almoço, mas um mau
jantar.”</b> </div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Francis Bacon.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Se tomarmos
um dia como miniatura de uma vida, ter esperanças ao meio-dia é normal,
saudável e até necessário; mas ainda ter apenas esperanças no final da tarde
significa que não fizemos mais do que “esperar”. Passamos da hora de correr
atrás delas e transformá-las em fatos, na nossa vida. O que nosso amigo Francis
Bacon, que, como todo filósofo, ama a linguagem simbólica, quis dizer é que há
tempo para sonhar e há tempo para construir nossos sonhos. Aquilo que tem um
sabor maravilhoso no almoço, no jantar, transforma-se apenas em restos, em
sobras requentadas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“A esperança é uma arma poderosa, e nenhum
poder no mundo pode te privar dela.</b>” </div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nelson Mandela.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Toda a
autoridade do mundo tem o nosso saudoso Madiba para falar disso: 26 anos
marcando os dias com riscos nas paredes de uma cela, para não se esquecer de
que houve um primeiro dia e, logicamente, haverá um último, alentando com
esperanças seus sonhos, mantendo-os vivos, trazendo- para atuar no mundo. Na
história da humanidade, poucas foram as esperanças a quem devamos tanta
gratidão quanto a estas. Ele realmente queria a luz no final do túnel, ou seja,
sonhava com luz. Isso dá os matizes mais belos que uma esperança humana possa
ter: suas asas translúcidas brilham com o reflexo deste Fogo de ideais tão
belos e dignos. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“- Qual é o fantasma que nasce todas as
noites, apenas para morrer quando chega a manhã?</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">- É a Esperança, responde o príncipe Calaf.”</b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Turandot, Giacomo Puccini.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A belíssima
peça operística de Puccini, nesta célebre passagem, lembra-nos de um outro
aspecto importantíssimo da esperança: no meio da noite mais escura, ela nos
promete o dia que virá, e nos incita a caminhar para ele. No tempo da alma
humana, não amanhece simplesmente porque esperamos, mas porque acreditamos e
desejamos ardentemente a aurora, e trabalhamos para ela. A esperança colore de
tons de azul e púrpura os nossos sonhos; dá-nos fôlego, mostra-nos o amanhecer
como possível, traz tinta às nossas mãos e asas à nossa imaginação. Toda aurora
do espírito humano é filha dessa grande artista: a esperança.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“A esperança é um empréstimo que se pede à
felicidade; há que pagá-lo!”</b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Joseph Joubert.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sim, ela é a
antecipação do fruto no meio da estiagem. Prova que o cultivo é válido e que o
fruto é possível. Não é fantasia, é evidência, é um pedaço de futuro dado como
amostra ao presente, para que provemos seu gosto e nos enamoremos dele. Todo
filósofo, por exemplo, como amante da sabedoria (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">philos + sophos</i>), provou, em suas esperanças, de uma fatia desta
sabedoria, servida em bandeja de ouro, e descobriu que não há gosto mais doce e
delicado ao paladar no mundo inteiro do que este. E agora, busca esta sabedoria
com todo seu ardor. O homem sem esperanças torna-se um enfastiado, sem impulso
ou garra, sujeito à inanição a qualquer momento. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;">“Mais do que mil palavras sem sentido, vale
uma única palavra que traz consolo a quem a ouve.”</b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">“O Dhammapadha”, livro sagrado budista.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sim, eis uma
grande e digna esperança humana: não deixar este mundo sem pronunciar pelo
menos uma palavra deste tipo, que traz consolo ao sofrimento humano. Trata-se
da nossa identidade mais profunda, daquilo que viemos acrescentar ao mundo, da
palavra que só nós podemos pronunciar. Sempre tive grande admiração por um
mítico herói grego, Fidípides, um <i style="mso-bidi-font-style: normal;">hemeródromo</i>
(corredor que ia de uma cidade a outra levando mensagens urgentes) que, entre
outras façanhas, correu os 42 quilômetros da planície de Maratona até a cidade
de Atenas para avisar que os gregos haviam vencido os persas e evitar que a
cidade fosse destruída. Este herói guardou fôlego suficiente para dizer a
palavra necessária e redentora: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">nenikekamen</i>,
vencemos!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E tombou morto, mas em paz, com
sua missão cumprida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sempre achei
que cada ser humano tem seu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">nenikekamen</i>
a dizer antes da inevitável queda que nos espera a todos, no final. Se não o
fizermos, algo, pequeno ou grande, mas tão belo quanto Atenas, deixará de
existir no mundo. Talvez os sonhos de alguém, talvez suas esperanças... Para
mim, a busca desta palavra sagrada, que dará sentido a tudo, é o grande sonho,
a luz no fim do túnel; há que aprender da vida para ter o que dizer e aprender
a língua da vida para saber como dizê-lo, além de guardar fôlego suficiente
para pronunciá-lo. Talvez seja a única coisa válida por trás de todas as sombras
que nos cercam e angustiam, nas noites que temos atravessado. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Às vésperas
de mais um ano novo, leitor nem tão desconhecido, pois que humano como eu,
vivendo os mesmos dilemas que eu, desejo que tuas esperanças te levem até o
amanhecer, com levaram o príncipe Calaf. “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Nessun
dorma</i>”, ninguém durma, o príncipe pedia através de seu canto, numa ária
deslumbrante. Não durmam , não esqueçam, mantenham-se despertos, esperançosos, fiéis
a si mesmos e à sua imprescindível mensagem, que devem portar até que amanheça:
“<i style="mso-bidi-font-style: normal;">nenikekamen</i>”! Esse será nossa maior
preciosidade, a síntese de nossas vidas, trazida até a aurora nos braços das
nossas mais caras esperanças. </div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-48043651695562122832014-06-30T04:45:00.000-07:002015-10-23T11:53:15.910-07:00Um momento...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Em um
deste dias, no meio de uma batalha épica contra formas mentais circulares,
quase capitulando diante de um inimigo que ganhava trincheira a trincheira, eu
procurava uma ideia poderosa o suficiente para me socorrer e inverter aquele
placar ingrato. Após várias tentativas frustradas (o adversário não estava para
brincadeiras), me veio a ideia redentora: por que não pensar... em Deus? Se há
uma forma mental com poder de fogo contra artilharia pesada, deve ser esta, com
certeza...<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Porém,
as ideias muito boas costumam ser de difícil implementação: o que significa
exatamente “pensar em Deus”? <span class="apple-converted-space"> </span>As
imagens correram pela minha memória, sem muito sucesso: símbolos religiosos,
livros sagrados, orações e até imagens de nascer e pôr do sol.... sim, talvez
estas coisas o representem ou evoquem, em alguma medida e em algum momento,
para alguém. Mas não são propriamente Ele; não o explicitam ou mostram de forma
tão direta e, portanto, careciam, para mim, da força que eu necessitava naquele
instante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Rastreando
minha memória, dei com uma muito famosa frase da filósofa Helena Blavatsky, que
dizia mais ou menos seguinte: “Um único homem prova a existência de Deus, assim
como uma única gota d’água prova a existência do Oceano.” Frase bela e muitas
vezes repetida, com toda “pompa e circunstância”... mas tão pouco entendida!
Quantas caixas de joias deste tipo, vedadas, jamais abertas, devemos guardar
dentro de nós?<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Curiosamente,
havia gotas de água perto de mim, vindas de um esguicho de jardim que as havia
lançado mais longe que o desejado; eram turvas, barrentas, e já formavam lama
em alguma parte do caminho; definitivamente, não pareciam nada com oceano
nenhum. Mas, de repente, uma voz interna retrucou, de forma bem enfática e
convincente: “Não parece porque tem muito mais do que simplesmente água aí
dentro; com tanta sujeira misturada, ela não é uma gota de água de verdade; se
tirar tudo que não é gota, parece sim!”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Que
fulminante, aquilo: simplesmente fulminante. Um processo prodigioso começou a
ocorrer dentro de mim: na mente, no coração, no corpo, sistêmico, portanto.
Lembrei de quantas vezes tinha tentado entender esta frase, olhando para os
homens e procurando por Deus, através deles, e não via nada de parecido,
nada...se tirar tudo o que não é humano.. parece sim!<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Numa
velocidade impossível de precisar, mas que senti como quase instantânea, minha
memória começou a puxar uma torrente de recordações, percorrendo minha vida de
cima para baixo, como uma criança que, no Natal, procura os presentes
escondidos pela casa. De repente, borbotões de visões de Deus amontoadas diante
de mim, ou seja, momentos de pureza humana: desde o artesão simples que não
aceitava quase nada por seu trabalho e que dizia que seu pagamento era minha
alegria, até a criança que me presenteou, um dia, com uma caixinha de fósforo
onde havia prendido um raio de sol (o mais bonito!) Desde o amigo que me surgiu
com um telefonema “do nada” no momento de maior dificuldade, até a amiga que
sempre aparecia a tempo de recolher a primeira lágrima que corria, sem
necessitar de chamados ou apelos. <span class="apple-converted-space"> </span>Desde
o jovem quase desconhecido que acompanhou e velou por cada minuto de um momento
doloroso, tornando a dor também sua, até a pré-adolescente que catou as
moedinhas de sua pequena mesada para ajudar no enxoval de uma mulher gravida
solitária e sem recursos, e embalou para presente parte do seu coração junto
com aquelas coisinhas compradas... tantas e tantas coisas assim! Um exército
poderoso e arrasador de memórias de Deus, diante do qual as sombras
retrocederam imediatamente... uma espécie de pequena teofania, na medida das
minhas possibilidades; simples, mas regada por algumas das mais belas lágrimas
que já derramei na minha vida. Tão difícil reduzir a palavras este
acontecimento!<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Ajudar
o homem a ser puro, a ser realmente e apenas humano, começando por nós mesmos,
com certeza é abrir portas para que Deus seja cada vez mais visível no mundo;
que simples e belo!<o:p></o:p></span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Terminei
uma batalha bem travada com uma certeza, aguda e profunda, como que cravada na
minha alma: se algumas das coisas que fiz na vida, uma ou duas que sejam,
servirem de inspiração para que alguém, algum dia, também viva seu momento de
pequena “teofania”, terá valido a
pena... para que mais? Porém, em meio a tanta banalidade e batalhas perdidas,
diante de tantos recursos mal utilizados e desperdício de vida, talvez a
pergunta a fazer a nós mesmos não seja essa. Diante de um objetivo tão absolutamente
justo e humano, digno e inspirador... por que menos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; margin: 0cm 0cm 16.2pt; text-align: justify;">
<span style="color: #444444; font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.5pt;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-52518410584292322892014-06-29T16:47:00.000-07:002020-02-22T16:48:01.226-08:00Considerações sobre a fé<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-size: 14.0pt;">“Oferecendo-me todas as tuas ações, serás livre dos vínculos da
ação e das suas consequências. A tua mente torna-se, assim, bem equilibrada e
harmonizada, e capaz de unir-se a Mim.” (Bhagavad Gita, cap. IX, §28).<br />
Concluí, hoje, o que parecia tão óbvio, mas que não havia percebido até então
com clareza suficiente: a verdadeira fé não confia em obter coisas futuras,
pedidas com fervor e crença na justiça da demanda. A verdadeira fé já é o
alcance, e não o pedido. Quem realmente crê, não apenas por suposição, mas por
visão e constatação interna, de nada necessita. Quem ainda tem necessidades,
não viu de fato. A fé traz em si paz, felicidade, realização; ela se basta a si
mesma para completar a vida de um ser humano. Ela é a visão, ainda que fugaz,
de um Todo pleno, onde não há lugar para carências nem para expectativas: tudo
está, tudo é, neste mesmo momento. Fé é contato com a eternidade através de uma
fresta do tempo.<br />
Esta manhã, ao ouvir uma música do filme “Os Miseráveis”, lembrava-me do
personagem Jean Valjean, de Victor Hugo, e percebi como a fé até mesmo no
próprio homem, quando se crê na existência de um homem deste nível de virtudes
e, ainda mais, quando se percebe essa possibilidade latente em nós, esta fé já
nos ampara com paz, segurança e preenchimento; oferece-nos sonho, garra e
sentido.<br />
“Uma gota d’água prova a existência do oceano, assim como um único homem prova
a existência de Deus” , dizia Helena Blavatsky. Existe Deus, existe o homem,
existo eu; onde eu buscaria maior paz e mais felicidade?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br /></div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-62223512222691601542014-06-29T16:46:00.000-07:002020-02-22T16:46:30.962-08:00Bom dia!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="background: white; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 12.0pt;">
<span style="color: #666666; font-size: 14.0pt;">Virou “meme” nas redes sociais e mensagens do mundo digital o
hábito de dar bom dia a tudo e a todos, até ao sol. E virou “meme” do mundo
concre<span class="textexposedshow">to criticar isso. Fiquei imaginando qual a
necessidade que expressamos por trás desse comportamento (de saudar, e não de
criticar!)</span><br />
<span class="textexposedshow">Platão diz, em “O Banquete”, que até a busca de
reproduzir-se no Belo (os animais não buscam fêmeas belas para se reproduzirem)
tem algo inconsciente por trás, como uma necessidade de atributos divinos,
ansiosos por “vir à luz” dentro do homem. Eu creio nisso; creio que “bom dia” é
uma busca inconsciente do Bem. O sol sabe o que é um “bom dia” para ele: um dia
em que ilumina, aquece, vitaliza; suas trilhas são de vida. O que é um bom dia
para um homem? Lembrem-se que Bom é diferente de agradável. Deve ser um dia em
que crescemos e também iluminamos, pois também temos algo de sol em nós.</span><br />
<span class="textexposedshow">A tradução de um “bom dia” filosófico, consciente,
creio, deveria ser mais ou menos assim: “Eu te vejo, eu te desejo o Bem, e me
comprometo a ajudar a promovê-lo, no dia de hoje.” Começando por dizê-lo ante o
espelho. Que tal experimentar? Bom dia a todos!</span><o:p></o:p></span></div>
<br /></div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-10424845642927588162014-06-27T07:53:00.000-07:002015-10-23T11:53:28.933-07:00Tanta pressa...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Mais uma
manhã, tarde e noite, indo e voltando, com carros que passam voando por mim. Um
dia, minha filha me falou que as pessoas deveriam colocar o número do seu
celular no vidro... “- Para quê, minha filha?”, perguntei, sem captar o tom
levemente irônico na voz: “- Para ligarmos e sabermos se deu tempo, mãe! Deve
ser muito urgente o que ele vai fazer!”</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
É verdade;
deve ser mais do que urgente: deve ser desesperador. Sem bairrismos, Brasília
deve ter alguns dos mais belos <i>amanhecereres</i>
e crepúsculos do mundo; sempre se pode ouvir algum sabiá dobrando o trinado,
pelo caminho; sempre se vê algum cãozinho desocupado rebolando de barriga para
cima na grama úmida (deve ser muito bom, isso!). Mas nós....temos pressa. </div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Não vou aqui
delinear o óbvio, que todos já preveem: a maioria absoluta não tem pressa
nenhuma. Correm para a televisão, para a mecanicidade, para o sono, para a
solidão. Não há alvo a alcançar com essa correria; em geral, nada que seja urgente
ou que tenhamos sabido tornar importante.</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Depois de
anos sem entender e nem mesmo me perguntar pelas razões disso, acabei convidada,
pelas circunstâncias, a uma resposta. Numa estrada vazia, um caminhão seguia a
uns 40 ou 50 km; coloquei minha seta e o ultrapassei, como de praxe. Porém, ao
passar ao seu lado, seu olhar me chamou a atenção: era raiva incontida que
havia ali, era frustração, como se eu o humilhasse ao ultrapassá-lo. Numa
descida, ele embalou seu caminhão e me passou a mais de 120 km, num lance que, mais
que excesso de velocidade, demonstrava triunfo e vingança. </div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Esse
motorista me fez prestar atenção a este fato tão simples e cotidiano: ultrapassagens.
Percebi que não se trata de pressa propriamente dita, mas de afirmação pessoal.
Todo ser humano necessita de seu “minuto de glória”, de vitória, de superação
de algo; no vazio de uma vida banal e sem objetivos, eu me afirmo superando o
carro à minha frente; provo a ele, por um minuto, que sou melhor motorista, que
tenho melhor carro, que sou especial. “- Passar na minha frente? Que desaforo! Está
pensando o quê?”</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
É claro que
esta competitividade selvagem que tanto nos escraviza não deve se mostrar
apenas aí; este é apenas o seu momento de exibição mais ridícula (ou não?). Sem
fôlego ou musculatura moral para superar a nós mesmos, sem vida interior para
nos alimentarmos de alvoradas ou de crepúsculos, sem sonhos nem objetivos
maiores, vivemos numa marcação palmo a palmo contra aqueles que passam por nós.
Sempre “contra”, e não “com”. Sempre sozinhos... e correndo para o nada. Não
importa o destino, mas chegar primeiro; e se o destino for um abismo?</div>
Que
insólito...
os corredores compulsivos são, na verdade, sedentos compulsivos,
querendo, inconscientemente, chegar a um lugar ao qual não se vai de
carro: ao
fundo de si mesmos, para encontrar seus sonhos, para alcançar um sentido
maior e real para suas vidas. Concordo: isso é urgente, mesmo. Por isso
e por tantas outras coisas, eu, agora, passando por um horizonte
cravado de raios vermelhos, como uma
despedida tardia da luz que já se foi, levando mais um dia que nunca se
repetirá, reflito comigo mesma : que bom motivo este para realizar o meu
melhor, para rastrear e encontrar este caminho e, depois de tudo,
empenhar o meu melhor esforço... para construir um mapa. Isso é o
ofício e o sonho dos aprendizes de filósofos, amantes de sabiás, de
auroras e de vidas vividas sem pressa e sem pausa.</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-16142609818953395812014-06-27T04:22:00.000-07:002020-02-22T14:20:20.513-08:00Voluntariado<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="right" class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: right;">
<i><span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">“Onde encontro um ser
mortal, encontro Vontade de Poder.”</span></i></div>
<div align="right" class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: right;">
<span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Frase atribuída ao filósofo F. Nietzsche</span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt;">
<br /></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">No próximo dia 28 de agosto, comemoraremos o Dia Nacional do
Voluntariado, instituído, no Brasil, em 1985. Na Organização Internacional Nova
Acrópole, voluntariado é o nosso dia a dia; no meu caso, já há 26 anos.
Portanto, creio que poderia dizer algo sobre este dia e sobre essa virtude
humana.</span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Não escapa à atenção de ninguém o fato de que o voluntariado tem
sido abraçado por uma cada vez maior quantidade de seres humanos e instituições,
e de que isso é uma esperança. Mas, como tudo que é humano pode ser sempre
aperfeiçoado, acrescento algumas observações minhas a respeito do assunto.</span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Já encontrei vários tipos de voluntários; alguns o faziam por se
acharem em falta com os homens ou com Deus, e por quererem “saldar” este débito
por erros passados. Esse é um voluntariado que tem data para terminar (quando
resgatada a última “prestação” dos enganos que se pensa ter cometido), e não
deixa de ter uma mácula de egoísmo. Você me dirá, talvez: “Melhor assim do que
não fazer nada!” Eu concordo; mas acho que essa ação poderia se aperfeiçoar ao
longo do tempo, e harmonizar fins e meios; afinal, a busca da coerência e da
harmonia também é virtude.</span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Outros há que sentem a necessidade de fazer um sacrifício em
prol do bem alheio; também acho válido, e até belo o espírito do sacrifício.
Mas esta postura sempre me faz lembrar de alguém que, um dia, após uma boa
ação, desferiu a seguinte sentença: “Eu abri mão de muitas coisas por isso!” A
expressão caiu mal, e me pareceu um lamento por perder algo de maior valor, em
termos de prazer e satisfação, por algo de menor valor, dolorido,
“sacrificado”. Ainda não é bem o espírito do voluntariado com que sonhamos.</span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Um dia desses, lendo Nietzsche, ouvi-o falar sobre a “vontade de
poder”, e lembrei-me de que voluntariado vem do latim “<i>voluntas</i>”, vontade, e pensei se essa não seria uma boa explicação
do que buscamos que seja o legítimo voluntariado. Ele diz que é inútil a moral
que busca converter o homem através de máximas insípidas, como “seja bonzinho,
seja bem comportado etc”. Todo ser humano busca, consciente ou
inconscientemente, o Poder, e isso pode ser educado e convertido em ações
morais.</span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Aí, chocamos com um preconceito nosso: “Mas o Poder
corrompe...”. Não creio. Situações de Poder dão oportunidade para que a
corrupção, que já estava latente neste homem em particular, se manifeste. Como
dizia Machado de Assis, está errada a máxima popular que afirma que a ocasião
faz o ladrão: “A ocasião faz o furto: o ladrão já nasce feito.” Poder é
capacidade de ser, de fazer, de realizar, de transformar. A própria etimologia
do nome poder vem do latim “<i>potis esse</i>”:
posse do ser. É o atributo mais divino que consigo imaginar: não ouso pensar em
um Deus débil... Quem nega o poder, faz culto, inconscientemente, à debilidade.</span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Quando olhamos para o passado, longínquo ou recente, e vemos a
grandeza, a pureza e a bondade que certos homens foram capazes de manifestar,
não podemos nos furtar à conclusão de que esse potencial humano também existe, adormecido, em nós. Não é à toa que o filósofo
Platão dizia que todo homem deveria se inspirar em heróis, pois eles relembram
quão grandes nós podemos chegar a ser. </span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Enamorar-se dessa nobreza latente que a nossa natureza presume e
querer profundamente vive-la, trazê-la à tona, é Vontade de Poder. Continuava
Nietzsche: “Há que substituir os códigos de moral por códigos de nobreza...”.
Eu não chegaria a este exagero (tão tipicamente “nitzscheano”) de abolir
códigos de moral, pelo menos não tão cedo, mas chego realmente a duvidar de que
alguém ousaria dizer: “Eu sacrifiquei muita coisa para ser humano, para ser
nobre...” O que você sacrificou, meu caro? O que havia de melhor, na sua vida,
do que isso? E, se aquilo que foi “sacrificado” era inferior ao que ganhou, por
que o lamento? Não seria mais lógico dizer: ”Eu sacrifiquei muito voluntariado
por banalidades momentaneamente prazerosas, mas sem maior valor”?</span></div>
<div class="ecxmsonormal" style="background: white; line-height: 15.95pt; text-align: justify; text-indent: 1.0cm;">
<span style="color: #444444; font-family: "calibri" , "sans-serif"; font-size: 11.5pt;">Eu me chamo Lúcia Helena Galvão Maya, voluntária da Organização
Internacional Nova Acrópole há 29 anos, trabalhando quase todos os dias por
aquilo que acredito. O meu não é um voluntariado “perfeito”, pois eu mesma estou
muito longe disso: faço apenas o melhor que posso. Mas, como filósofa, não abro
mão do direito de sonhar com um voluntariado que seja glória e êxtase pela
condição humana que me cabe, momento de felicidade e de realização não
permutável por nada neste mundo. Isso me torna um ser em construção, enamorada
da vida humana e dos seus sonhos mais dignos, entre os quais está o de servir
ao Bem, e servir voluntariamente. Parabéns, Voluntários, pelo seu dia!</span></div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-40150125776063959992014-06-26T04:55:00.000-07:002016-03-08T07:37:54.386-08:00Sobre mulheres, princesas e libélulas...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Alguém já
deve ter assistido a um filme produzido em 1995 chamado “A Princesinha”,
daqueles que pretendem ser infantis mas acabam sendo para todas as idades; é
algo como um mito moderno, com um visual deslumbrante. Lá pelas tantas, no
filme, a menina Sarah, a princesinha do título, dispara a seguinte frase para a
Srta. Minchin, mulher amarga e fria que a acusara de não ser mais uma princesa,
pois seu pai morrera na guerra e a deixara sem nada: “Todas as mulheres são
princesas; ainda as que não são belas, ainda as que já não são jovens... todas
as mulheres são princesas! É um direito nosso! Seu pai não lhe ensinou isso? Não
lhe ensinou?”</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Quando busco na
memória por belas imagens de filmes assistidos, esta cena é lembrada sempre com
muito carinho, quase como se fosse uma “profissão de fé”: eu sou uma princesa,
todas nós somos! Como pudemos duvidar disso?</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Neste
momento, passa por mim uma elegante jovem com saltos altos e finos; acho
curioso como é natural na mulher saber que o belo vale mais que o cômodo; como
sabe que, quanto menos tocar no chão, quanto mais buscar o elevado, o celeste, mais
bela e delicada ela fica; é quase que uma intuição (atributo que também é forte
no feminino). E os sentimentos femininos? Todos tendem também para o céu; importa
muito pouco a aparência física de alguém, se este alguém é honesto e gentil, ou
se é frágil e desprotegido, e necessita de nossa atenção. Pode se tratar de uma
plantinha ou de uma flor, um pequeno animal ou uma pessoa... Nossos sentimentos
sempre usam “saltos altos”: admiram e cultivam a alma dos fortes, ou envolvem e
acalentam os frágeis, motivadas por esta explosão de realização que traz, para qualquer
mulher, a oportunidade que a vida nos dá de transbordar amor, o qual se realiza
no próprio ato de “transbordar”, e basta-se a si mesmo. </div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Nossa energia
não é de explosão, mas contínua e tenaz, capaz de velar pela vida por todas as
noites que esta mesma vida nos oferecer, sabendo alimentar-se do bem estar e
crescimento do outro como única e valorosa recompensa. Penso que até as plantas
do jardim se sentem mais serenas quando uma mão feminina as cuida; sentem que
esta mão não faltará, que sempre estará ali, ainda em dias de tempestade. Pois cuidar
da vida no meio da tempestade tem algo de heroísmo e glória para o feminino, que
nunca recusa esta oportunidade.</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Como sabemos
mergulhar no mundo mental com objetividade e prática, buscando a solução para
aquilo que necessitamos resolver! O ato de custodiar não permite protelações ou
divagações, pois a vida tem seus ritmos a serem respeitados. Sempre voltamos
deste plano com o alimento de que necessitamos: temos tantos filhos à nossa
espera! </div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Outra
curiosidade é que talvez nosso principal adorno seja uma grande pedra de ímã:
tudo e todos se agregam à nossa volta; somos ponto de encontro, de harmonia e
de união. A matriarca, madura e ponderada, é sempre o coração de todo clã. </div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
E o nosso
coração? Ah, se os cavalheiros soubessem como é ousado o sonho do nosso
coração! Dizem os conhecedores que o arquétipo feminino em relação a todo
cavalheiro se identifica muito bem com o personagem <i>Lancelot</i>, da saga do Rei
Arthur: idealista, nobre, a serviço de uma causa humana, maior do que sua
própria e simples existência material. Como nosso amor é, por definição,
idealista, idealizador e celeste, sempre guardamos a propriedade de poder
presentear asas a quem amamos; como é triste guardar estas asas eternamente,
pois não encontramos ninguém que queira voar...</div>
<div class="ecxMsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Quando eu era
pequena, acreditava firmemente que as libélulas eram fadinhas encantadas por
uma bruxa malvada, tocando as águas em busca de encontrar seu antigo
reflexo... Hoje, penso que as mulheres
são libélulas encantadas pela maldição do esquecimento de sua própria
identidade; esquecem que devem apenas roçar as águas do mundo material com “saltos
altos”, delicadamente, formando círculos concêntricos infinitos, e que sempre devem
ter um duplo par de asas, pois há que ter um de reserva... Sempre pode haver alguém, por aí, que entenda
a caminhada de <i>Lancelot</i>, a necessidade das princesas e o sonho das libélulas. Neste
sonho, reside a nossa única, real e legítima identidade; afinal, nossos sonhos
também são nossos filhos, a serem cuidados e alimentados...</div>
<br /></div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-36724465799694297212014-06-25T16:13:00.000-07:002020-02-22T14:24:30.677-08:00Você é uma pessoa de sucesso?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 62.1pt; text-align: justify; text-indent: 62.1pt;">
Gostaria
de começar este pequeno artigo com uma curiosidade etimológica: tanto a palavra
“sucesso” (do lat. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">succedere</i>, vir
depois) quanto sua irmã gêmea “êxito” (do lat. <i style="mso-bidi-font-style: normal;">exitus</i>, saída) passam uma mesma ideia: ultrapassar, deixar para
trás. A conotação positiva dada a ambas palavras indica que o que foi superado
não era agradável ou conveniente, ou que a libertação ofereceu possibilidades mais
amplas ou melhores para aquele que se libertou. O que destaco como curiosidade
é que tanto sucesso quanto êxito, em nosso tempo histórico, significa a
obtenção de algo desejado no presente, e não a superação de algo que ficou
restrito, agora, ao passado. Uma acepção, apoiada em desejos; outra, em
liberdade; uma, em posse das coisas; outra, na posse de si mesmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 62.1pt; text-align: justify; text-indent: 62.1pt;">
Considerando
a condição humana como uma jornada da ignorância à sabedoria, sem pressa e sem
pausa, creio que a grande libertação é mesmo da
ignorância com sua prole, tendo como primogênito o egoísmo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 62.1pt; text-align: justify; text-indent: 62.1pt;">
Se
você me diz que é uma pessoa de sucesso, ou que alguém o é, eu posso, desde
este ponto de vista, considerar que você está apto a possuir o que for
necessário para continuar caminhando rumo à plenitude da condição humana. Pode
estar destituído das armas ou ferramentas necessárias, mas está perfeitamente
apto a construí-las ou conquistá-las sempre que a vida assim o exigir.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 62.1pt; text-align: justify; text-indent: 62.1pt;">
Uma
pessoa de sucesso (ou de êxito) conhece muito bem o princípio da filosofia
oriental que diz : “- O que é realmente teu não pode ser tirado de ti.” Está
apto a gerar os meios necessários, mas também a perdê-los, sem jamais perder a
si próprio. Conhece muito bem o segredo do jogador de videogame: quando alguém
apertar o botão de desligar, na tela de seu joguinho, tudo desaparecerá... <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas não a garra e a habilidade para construir
tudo de novo, ainda melhor que antes. Isso é seu e, talvez, imaginam os mais
ousados, não cesse nem mesmo quando a morte apertar o botão de desligar. Seguro
e sereno é o homem de sucesso, pois sabe que sua conquista jamais lhe poderá
ser arrebatada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 62.1pt; text-align: justify; text-indent: 62.1pt;">
Não
se esqueça: a vida é dual e instável. Se alguém apoia sua grandeza na
quantidade de coisas de que dispõe, sejam objetos físicos ou psíquicos
(necessidade de honras, reconhecimento etc), isto significa que a grandeza está
nas coisas, e não nele. Os grandes homens foram os que muito deram, e não os
que retiveram muito, interrompendo o fluxo da vida. Libertaram-se de tantas
amarras que foram capazes de atravessar a vida sempre de mãos cheias, e os
frutos de seu trabalho brotam pelos caminhos do mundo há gerações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 62.1pt; text-align: justify; text-indent: 62.1pt;">
Por
isso, como filósofa, eu gostaria de te indagar: “-Você é um homem ou mulher de
sucesso? Em caso positivo, meus parabéns! Os fatos se sucedem e seguem seu
curso para se tornarem só memória, mas não podem te arrastar junto, e, à sombra
do teu exemplo, muitos outros também ousarão resistir!”<o:p></o:p></div>
<br /></div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-21569899242770439022014-06-25T10:00:00.001-07:002016-08-31T10:01:06.244-07:00Carmen...carmim é o drama humano!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 15.95pt; margin-bottom: 16.2pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Em ger<span style="font-family: "times new roman" , serif;">al,</span> quando alguma obra dotada de <span style="font-family: "times new roman" , serif;">legítimo valor artís<span style="font-family: "times new roman" , serif;">tico descreve de manei<span style="font-family: "times new roman" , serif;">r<span style="font-family: "times new roman" , serif;">a int<span style="font-family: "times new roman" , serif;">ensa</span> e v<span style="font-family: "times new roman" , serif;">í</span>vida o drama humano<span style="font-family: "times new roman" , serif;"> essenci<span style="font-family: "times new roman" , serif;">al</span>, ou seja, o homem dividido entre o cé<span style="font-family: "times new roman" , serif;">u</span> e a terra, a virtude e o vício, o cam<span style="font-family: "times new roman" , serif;">inhar em direç<span style="font-family: "times new roman" , serif;">ão</span> ao divino ou "retroceder <span style="font-family: "times new roman" , serif;">à</span>s bestas", como dizia <span style="font-family: "times new roman" , serif;">o filósofo renascentista Pico della Mirandolla, em s<span style="font-family: "times new roman" , serif;">eu admir<span style="font-family: "times new roman" , serif;">ável "Discurso sobre a <span style="font-family: "times new roman" , serif;">Dignidade do Homem", </span></span></span></span></span></span></span></span></span></span>não se engane: trata-se de u<span style="font-family: "times new roman" , serif;">ma</span> versão a mais do mito. <span style="font-family: "times new roman" , serif;">É o </span> antigo e imor<span style="font-family: "times new roman" , serif;">tal<span style="font-family: "times new roman" , serif;"> "mito da tentação", tratado por tantas chaves teológicas e filosóficas, e ilustrado <span style="font-family: "times new roman" , serif;">magistrame<span style="font-family: "times new roman" , serif;">nte no clássico indiano "Bha<span style="font-family: "times new roman" , serif;">gavad Gi<span style="font-family: "times new roman" , serif;">ta". A belíssima obra </span></span></span></span></span></span>Carmen, do composit<span style="font-family: "times new roman" , serif;">or</span> franc<span style="font-family: "times new roman" , serif;">ê</span>s Bizet, baseado no livro de Prosper M<span style="font-family: "times new roman" , serif;">é</span>rimée, é um<span style="font-family: "times new roman" , serif;"> bom exemplo disso. </span> </span></span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">A ópera em qu<span style="font-family: "times new roman" , serif;">estão</span> tem uma história
distante do romantismo desenc<span style="font-family: "times new roman" , serif;">antado ou desilud<span style="font-family: "times new roman" , serif;">ido</span></span> que costumamos ver nos libretos das tradicionais óperas
italianas. Sua cor predominante não é o cor de rosa, mas o vermelho, intenso e
sanguíneo, das paixões.</span><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> </span>A cigana Carmen abre a ópera indo “à
caça”, não do cavalheiro mais belo, rico ou de maior patente...mas do mais
puro. O provinciano Dom José, cujo futuro já está mais ou menos delineado (dar
sustento à abnegada mãe e desposar a inocente Micaela), é a vítima perfeita.</span><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 15.95pt; margin-bottom: 16.2pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">O insidioso “canto de sereia” de
Carmen, vai, pouco a pouco, “dissolvendo” todas suas frágeis amarras morais: o
amor (Micaela e a mãe), a lealdade (os valores da Milícia), a honestidade e
até...a sanidade. Este argumento lembra, em gênero, número e grau, o Parsifal
de Wagner, onde a belíssima Kundry, instruída pelo mago negro Klingsor, seduz o
Rei Amfortas (“amor fort<span style="font-family: "times new roman" , "serif";">e</span>”, melhor dizendo, amor passional), que perde a
dignidade, a guarda das relíquias sagradas e adquire uma ferida que nunca
cicatriza, ao ceder aos seus encantos. Já o herói Parsifal, o ungido pelo
Graal, possui pureza por mérito, e não por falta de experiência; contempla os
jogos de Kundry com um misto de distância e compaixão.</span><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 15.95pt; margin-bottom: 16.2pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Não é o caso do pobre Dom José: os
desejos o arrastarão até o abismo, e lá, o soltarão e o assistirão cair, com um
sorriso nos lábios... Carmen é Kundry e Klingsor em um só personagem. Levado
aos seus limites, não restará a Dom José outra alternativa senão matá-la...para
recuperar a si mesmo.</span><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 15.95pt; margin-bottom: 16.2pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white;"><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 12.0pt;">Confesso que esta cena me provocou
uma certa "reminiscência" do clássico indiano Ramayana, quando Rama
mata o demônio Ravana e recebe dele, após o combate, uma
"carta-testamento"... Carmen morta, também esperei que alguém
chegasse para Dom José com uma carta-testamento da parte dela com mais ou
menos o seguinte teor: "Dei minha vida...para que você assumisse as rédeas
da sua!"</span><span style="color: #444444; font-family: "times new roman" , "serif"; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 15.95pt; margin-bottom: 16.2pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt;">Há uma observação prática da minha parte <span style="font-family: "times new roman" , serif;">bem recorrente, que é <span style="font-family: "times new roman" , serif;">a</span> seguinte: quando algo <span style="font-family: "times new roman" , serif;">alc<span style="font-family: "times new roman" , serif;">an</span>ça um reconhecimento acima da média por aqueles que amam a beleza, não de imediato (ou <span style="font-family: "times new roman" , serif;">mesmo,</span> quase nunca de imediato!) mas ao longos dos séculos, significa que tocou o coração humano em alguma de sua<span style="font-family: "times new roman" , serif;">s "cordas" ma<span style="font-family: "times new roman" , serif;">is expressivas: is<span style="font-family: "times new roman" , serif;">to</span> é o clássico. </span></span></span>Desta forma<span style="font-family: "times new roman" , serif;">, t</span></span>udo é intenso e dramático <span style="font-family: "times new roman" , serif;">no clássico</span>
"Carmen"... é o drama humano, na plenitude de suas cores, embalado por algumas
das mais belas árias já compostas...inesquecível. Grata, Bizet!</span><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 11.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-12503803332900048682014-06-25T09:53:00.000-07:002017-08-14T09:32:07.628-07:00Aos pais<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 17.05pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background-color: white; color: #444444; font-size: 12pt;">Talvez
fosse conveniente, numa época como esta, lembrar da origem histórica da data
festiva que nos preparamos para viver; ou, quem sabe, lembrar da instituição
romana dos “<i>pater família</i>”, e de como influenciaram na formação das
instituições políticas daquela civilização e, por extensão, de toda a
civilização ocidental. Sem deixar de reconhecer a importância destas discussões e
de muitas outras que me vêm à memória, penso que, num mundo tão informativo e,
por outro lado, tão eternamente carente de laços profundos, talvez fosse
conveniente, hoje, refletir não sobre fatos, mas sobre os sentimentos que
provoca esta palavra: <i>pai</i>. Pois, ainda que possa parecer incomum,
num tempo em que as emoções parecem incontroláveis e avessas a qualquer
abordagem mental, refletir sobre sentimentos é não só possível, mas também
útil, pois estes fenômenos afetivos amadurecem muito quando refletimos sobre
eles; tornam-se mais sólidos, profundos e bem “enraizados”. Tudo o que é
humano, em geral, se expande e floresce com a reflexão, enquanto que o impulso
animal retrocede.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 17.05pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background-color: white; color: #444444; font-size: 12pt;">Refletindo,
então, sobre esta palavra, a imagem mais sugestiva que me veio foi a deste pôr
de sol que presencio agora: como o sol é paterno, em sua rota vertical e
luminosa! Em sua postura digna de quem sabe qual é o seu papel: iluminar,
aquecer, dar vida, mas deixar seus filhos livres para que optem pela luz ou
pelas sombras, se assim o quiserem ou necessitarem; que vivam como prefiram,
mas, se querem estar com ele, a opção pela luz é necessária e indiscutível. Com
sua força, grandeza e fidelidade a si mesmo e à sua missão e, ao mesmo tempo,
respeito pelo ritmo e distância que cada um necessita, pela luz que cada um
pode receber...com a generosidade discreta de quem não espera nada em
troca...mas se dá simplesmente por ser o que é, pois se realiza ao fazê-lo, sem
expectativas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 17.05pt; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="background-color: white; color: #444444; font-size: 12pt;">A
natureza é sempre simbólica, o que equivale a dizer que é pedagógica em todas
as suas manifestações. Todos os exemplos que nos oferece são caminhos para a
realização humana; qual ser humano não gostaria de ser um pequeno sol para os seus
filhos? Que estímulo maior para isso do que o amor que nutrimos por eles?
Quando vemos e entendemos os modelos oferecidos pela vida, pelo sol, por tudo
que é belo e harmonioso, à nossa volta, compreendemos melhor nosso
próprio papel, e o amor nos impulsiona a vivê-lo, pois, ao querermos
retroceder e nos acomodarmos em nossa inerte e egoísta zona de conforto
psicológica, a voz do amor, em nós, diz: “Caminha!”<o:p></o:p></span></div>
<span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ou seja, a vida nos dá os objetivos e as ferramentas, os meios e os
fins. O jovem, tão frágil e inseguro em outras circunstâncias, com seu filho
adormecido nos braços, tem algo de sol em seu semblante; cumpre a missão de que
tanto falavam os gregos: foge à banalização e sacraliza a vida. O sol nascerá,
neste domingo festivo, como em todos os dias; mas nascerá de maneira especial
para os pais que queiram vê-lo e ver a si próprios através do mito; eles
estarão, todos, um pouco mais luminosos, neste dia!</span></div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-91157155520034466522014-06-25T08:52:00.000-07:002015-10-23T11:54:14.118-07:00Mistérios do coração humano<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Há quem diga
que as coisas que devemos conhecer serão muito repetidas até que possamos e
queiramos entendê-las, ou seja, quando as vemos gerar fatos em nossa vida, ou
nos dispomos a fazer com que os gerem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Assim ocorreu
comigo em relação a um antigo ensinamento, por estes dias. Falava-se que, segundo
a filosofia oriental, o Ser que está por trás de todo o Universo é tão
misterioso, que a única coisa que podemos afirmar sobre ele é que se manifesta
e se recolhe, ciclicamente, como as sístoles e diástoles de um Coração; que
bela relação simbólica! De repente, comecei a querer visualizar<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>uma imagem deste Coração... e, depois dele, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>tentei ver o coração do sistema solar, o do
planeta, o meu coração/essência espiritual e, por fim, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>este coração pulsante que marca sua rítmica
presença no meu corpo físico.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Por um
momento, imaginei todos estes corações/Centro, distribuidores de vida em planos
muito diversificados, como parentes, pertencentes a uma única categoria de Seres-coração,
e... comunicados entre si. Como fez sentido! Lembrei das diversas noites sem
conseguir dormir, com o pulsar totalmente anômalo do meu coração e sua fina e
aguda dor, como se não fosse parte do meu corpo, mas um ser autônomo, querendo me
transmitir algo...</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Lembrei das
curiosas discussões entre o coração e a mente, dentro de mim, quando esta
última repassava o dia, na memória, e dizia: “Nada de errado aconteceu!” E o
coração, impassível ante esta argumentação, doía e incomodava, assustando o sono.
Enquanto não calava a mente e mergulhava nele, perguntando o que ele tinha a me
mostrar, não conseguia pacificá-lo... e aí, ele me conduzia exatamente à cena,
ao momento do meu dia onde o tinha ferido, onde tinha atropelado os protocolos
da vida. Ao me comprometer com a correção deste erro, só assim lograva
acalmá-lo; quantas vezes!</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Parecia, para
mim, como se ele fosse um portal, um mistério, uma passagem talvez, como um
longo corredor... rumo a outros corações maiores, dos quais ele seria parte.
Hoje, quando me lembro de tantos mestres, na história, que diziam falar com
Deus, fico imaginando por quais “corredores” transitavam eles rumo a este
encontro. E agradeço por meu dolorido coração, as esparsas “palavras” que
esboça, e pelos espinhos a serem retirados dele, por tantas noites afora...em
troca de comprometer-me com os cânones que devem reger a Vida.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Em um destes
dias, ao ler uma reportagem sobre o antigo Egito e sua impressionante
tecnologia, o jornalista responsável pela mesma comentava que o único ponto em
que os egípcios tinham se equivocado era ao dizer que o coração é o centro do entendimento
humano... nosso velho hábito de julgar o que não conhecemos. Honestamente,
creio, como acreditavam os egípcios, que “O coração do homem é o maior mistério
do Universo”. E talvez o umbral da condição humana esteja exatamente na
capacidade de ouvi-lo, percebê-lo e “dialogar” com ele. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Subitamente,
recordo de Homero e de sua Odisseia, quando o teimoso Ulisses, em busca de sua
alma-Ítaca, só a encontra após perder seus barcos, seus homens, suas roupas, e emergir
no oceano totalmente despido, exceto por um véu, doado pela Deusa Ino, que
cobria apenas... seu coração. Assim, encontra o povo dos feácios, que o levarão
a salvo para casa. A qual Odisséia de retorno à sua casa espiritual se referia
o antigo poeta? À de Ulisses? Ou à da humanidade? Enfim, são mistérios, que
talvez só interessem aos filósofos; interessam a você?</div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-42751894707932447062014-06-24T08:43:00.000-07:002015-10-26T03:16:14.206-07:00Constância e Vida<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Uma
idéia insólita: uma esfera em chamas. Várias outras esferas cismam de girar em
torno dela, à distância prudente. Ao mesmo tempo, giram sobre si próprias. O
pequeno giro gera os dias; o grande, as estações.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Fizessem
estas esferas este movimento um dia, dois, mil dias, e coisa nenhuma
aconteceria. Mas elas inventam de fazê-lo sempre, indefinidamente. Sem tédio,
sem dúvida, com ritmo e perfeição, sem cogitar sequer fazer qualquer outra
coisa, ou estar em outro lugar, ou “até quando”...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E
aí, um dia, nasce a vida, com toda sua intensidade e força, espalhando-se em
todas as direções, até chegar a trazer à luz o grande milagre: o olho que vê a
vida, a consciência.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">E
aí nasce o segredo da vida: uma única idéia, ainda que simples e singela como o
rolar de esferas, e um ritmo perfeito e inabalável, rastro da Vontade. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">O
ritmo constante invoca a vida, e ela atende, com toda sua plenitude, invocando
as formas.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 115%;">Lembre-se
disso sempre que necessitar gerar vida...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-7881762489188029482014-06-24T08:00:00.000-07:002015-04-16T08:01:07.180-07:00Um dia a mais... ou o primeiro de todos os Dias?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Eu entendo a sua situação: um dia cansativo, mas ainda é cedo para se deitar. A televisão fala sozinha, num canto, as coisas de sempre, ditas do mesmo jeito, e você procura algo que valha a pena no jornal do dia, que só deu tempo para ler agora. Algum ruído na casa do vizinho: alegria? dor? Não é problema seu. Qual problema é o seu, então? Por que algo te diz que as coisas não vão bem, embora tudo corra dentro da aparente “normalidade”?<u style="line-height: 21.2999992370605px;"></u><u style="line-height: 21.2999992370605px;"></u></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Observe a poltrona à sua frente: para os objetos materiais, basta resistirem firme em seus lugares enquanto puderem, e a sua missão está cumprida. A planta no canto da sala: assimilar nutrientes da terra e do sol, gerar alimento... e está tudo perfeito. O cachorrinho que dorme aos seus pés: instintos atendidos, um pouco de afago dado e recebido, e a vida segue. Mas você... precisa de mais do que isso. Precisa compreender. Não exatamente os mistérios da radiação do universo, ou da propagação da luz (embora eles não estejam excluídos), pois, estes complexos mistérios, há quem trabalhe para entendê-los, e eles não respondem às suas perguntas imediatas. Mas há algo de uma natureza um pouco diferente, cujo entendimento corresponde a todos os homens, e não apenas a uma classe, e do qual você necessita agora: as razões da vida, da morte e daquele que contracena com ambas: você. Quem é, realmente, você? O que veio realizar no mundo? O que realizou, até agora? Por que, afinal de contas, deve deixar que o tempo simplesmente passe, sem te deixar nada senão velhice, sem te dar explicações sobre o sentido disso tudo? Por que cargas d’água o que ocorre com o vizinho, um ser humano tão parecido, em tudo, contigo, nada tem a ver com você? A glória ou a dor do outro: nada que se possa fazer a respeito, nada a compartilhar?<u style="line-height: 21.2999992370605px;"></u><u style="line-height: 21.2999992370605px;"></u></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Sim, dá para esquecer tudo isso e ir dormir; amanhã é outro dia. Cumprir hoje, a inércia da poltrona, e amanhã, a busca do pão, como a planta e, por fim, a busca de algum afago, como o cão, e...”that’s it !” Vamos em frente. Frente? Na verdade, desta forma, não vamos a lugar nenhum, nunca. Ouse, pelo menos, imaginar algo diferente! Pense em como seria ir realmente “em frente”: romper as “paredes” que te separam dos demais: ir pela vida comprometendo-se em crescer para encontrar respostas para as dores próprias e alheias, buscando o caminho da realização humana (desbravando-o, se ele tiver se fechado por abandono), procurando notícias absolutamente novas dentro de si: quais são seus sonhos mais humanos, aqueles que te fazem sentir que a vida pode ser algo mais que sobreviver com o maior conforto possível? Se isto fosse verdade, por que é que exatamente o “desconforto” interno é o seu melhor conselheiro, hoje? Dialogar com os fatos diários e arriscar interpretá-los, entender suas mensagens; aprender daqueles que já se fizeram perguntas sobre a vida, e tentar aplicar as respostas que acharam. Expandir, experimentar o sabor da honra, da bondade sem segundas intenções, da liberdade que se sente ao vencer o egoísmo. Respirar, enfim... como ser humano: inalar luz, exalar luz!<u style="line-height: 21.2999992370605px;"></u><u style="line-height: 21.2999992370605px;"></u></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Cansar, também, no final do dia, e buscar o “sono dos justos”, em seu travesseiro. E, é claro, agradecer a Deus, e também pedir, por que não? Já que estou mesmo dando palpites, se tiver que pedir algo a Deus, quer uma sugestão de um ótimo pedido? Peça um segundo de luz para todos. Consciência nasce do contraste: se todos tiverem este segundo de luz, este “flash”, descobrirão que vivem na escuridão, e... quem sabe? Imagine sete bilhões de seres humanos com luz: a Terra seria, por um precioso segundo, mais brilhante que qualquer estrela!<u style="line-height: 21.2999992370605px;"></u><u style="line-height: 21.2999992370605px;"></u></div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 21.2999992370605px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Filósofos sempre são seres muito imaginativos. Gosto de imaginar que, talvez, meu momento de luz (e quem sabe o seu, também?), que quebrou minha inércia e me fez dar alguns passos em direção ao humano, pode ter sido resultado do pedido de alguém a Deus...</div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-18110790042525767742014-06-24T05:37:00.000-07:002015-10-26T03:16:39.556-07:00Pequi<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
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<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Pequi (<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Caryocar
brasiliense</span></i>), árvore típica do cerrado brasileiro, de fruto amarelo
e caroço espinhoso; a polpa é bem utilizada na culinária regional. Também
conhecido como piqui, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho e outros nomes do tipo.
Curiosidade mais que conhecida, cartão postal do cerrado, são seus troncos e
ramos, geralmente tortuosos (dizem que para se proteger da incidência vertical
do sol).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Estes aí nas fotos estão bem defronte ao meu portão. Dado o
hábito, usual na espécie, de entortarem para todos os lados, não deve ser
incomum para os conhecedores já terem visto dois pés como estes, que cismam de
entortar um na direção do outro até se tocarem e se cruzarem, como um “cruzeiro
de pequizeiros”, neste caso particular, sinalizando com um “X” vivo o meu
portão.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Tal era a vontade dos dois de se tocarem que afinaram a casca,
normalmente espessa e áspera, para se sentirem mais de perto um ao outro, como
documenta a amadorística foto em anexo. Se quiserem vir à minha casa, é lugar fácil
de se achar: bem aquela do portão do lado dos pequizeiros que se abraçam....formando
um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>cruzeiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Para quem não sabe, “cruzeiro” era um marco construído para
começar povoação nova: vilarejo, depois cidade. Rezava-se a missa, construía-se
a igreja matriz, e, desde ali, espalhavam-se as casas. Era o início, o coração
das vilas que iam tomando corpo dali para frente, irradiando para todos os
lados.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Pois veja que meus pés de pequi acharam de marcar a porta da
minha casa. Poliram suas asperezas para se abraçarem. Tão estreitos e grudados
que eu não estranharia saber que um sente o fluir da seiva no peito do outro.
Ali paradinhos, oscilando com o vento, entrelaçados.</span><br />
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Como filósofos têm mania de associar coisas que não parecem, à
primeira vista, terem muito a ver (faz parte do ofício!), lembrei-me, por “acaso”,
de que, um dia desses, presenciei um ser humano dizer: “ - Sou tão solitário,
só tenho, de verdade, duas pessoas com quem contar nessa vida.” Cá entre nós,
senti <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>que ali havia um ser humano de
sorte: duas, duas pessoas? De verdade? Duas pessoas que poliram suas asperezas
e se comprometeram com você, para vigiar se sua vida flui regularmente, se sua alma
pulsa, se o vento sacode seus ramos, para sentir e vibrar junto? Isso é muita
coisa! Poucos têm tanto. A maioria das pessoas são pequizeiros isolados, cuidando
de suas cascas e vigiando sua própria seiva, preparando suas flores, juntando
sua energia para explodir em pequis quando a estação assim ordena. Atentos ao “seu
dever para com a natureza”: viver, crescer e multiplicar. Compartilhar... para
quê?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Compartilhar é coisa mais que nova entre nós, e novidade digna
de ser marcada por reza e cruzeiro. Bem marcada. Homem (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Homo sapiens</i>) é espécie que se espalha não só pelo cerrado, mas por
toda a terra; foi feita pela natureza para florescer e frutificar, na época
certa, dando frutos doces, mas espinhosos de se gerar: justiça, bondade,
fraternidade. Mas o homem pode escolher quando vai ser sua própria estação. A
natureza só assiste e espera, um tanto ansiosa, pois os frutos humanos, que nunca
acham de nascer, geram, para todos os cantos da terra, uma estranha e insaciável
fome.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Polir as asperezas, alcançar a própria seiva e pulsar em dueto...
não é só jeito diferente de crescer: para o ser humano, é fruto previsto e
esperado. E essa colheita, cuja demora, dolorosa, seca as esperanças e
esteriliza as vidas, quando vier, terá de ser bem celebrada. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 9.0pt; line-height: 115%;">Mas vejam que os pequis marcaram a minha porta, e talvez este seja,
para alguém, fato dos mais importantes e alvissareiros. Talvez indique que a
natureza cobra a hora da Vida assumir um Centro e irradiar. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Essa “cobrança”, esse momento também é e foi
sempre um sinal sagrado, como uma espécie de anunciação. Sinal de que já não se
pode esperar, que já tarda: há que gestar laços humanos e profundos antes do
inevitável dia em que a seiva “evapore”, as raízes e os ramos sequem e o sopro
do vento se vá, buscar novos pequizeiros, que hão de estender seus ramos em
busca de alcançar e de preencher todos os sonhos da natureza.</span></div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-45064459288771885562014-06-23T13:00:00.003-07:002014-06-23T13:00:25.274-07:00Amor e Mito<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Esses dias, encontrei, por acaso, o conhecido quadro “Independência ou Morte”, do pintor Pedro Américo, e, com essa mania que os filósofos têm de querer refletir sobre tudo, comecei a pensar sobre a cena. Todos sabem que havia um jogo de interesses por trás, que a cena já havia sido “encomendada” por D. João VI antes de partir, e que aquele príncipe não era lá o que se poderia chamar de um primor de moral. Mas, diante desta bela obra, todas estas coisas se desvalorizam, e nasce o mito: um príncipe, um dia, sacou de sua espada e declarou, em alto e bom tom, que os filhos desta terra (nós!) somos amantes da independência, ou seja, da autonomia, da capacidade de nos impormos sobre as circunstâncias adversas, e que só tememos a morte indigna. Se ele não era digno de dizê-lo, problema dele; nós somos dignos de vivê-lo, e o tornamos real, através de nossas lutas diárias, às margens de tantos “ipirangas”, e sua espada corajosa e desafiadora é símbolo de nossa disposição ante as dificuldades... e necessitamos deste símbolo.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Tantas vezes, Platão fala da necessidade do mito; tantos povos o souberam e viveram, mas nós permanecemos indiferentes ante esta realidade, como crianças que se acham muito maduras porque já não creem em Papai Noel. Agora, creem nos shoppings e no dinheiro de seus pais.. que tipo de realidade estamos criando? Sim, porque, como sempre, a realidade é criada pela imaginação dos homens, seja ela mítica ou não, e é ela que vai concretizando os fatos.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Quando Jane Austen (já que é momento de confissões, quero deixar registrado que amo Jane Austen!) mostra o seu famoso Sr. Darcy “impactado” por ter tocado a mão de Elizabeth Bennet para ajudá-la a subir na carruagem, sentindo o leve perfume que restou da mão dela em sua mão, sua intenção não era de mostrar um idiota que faz culto a uma jovem nem tão nobre assim, cuja mão, dali a pouco, poderia estra cheirando a cebola. Trata-se da mito da princesa, daquela cuja passagem perfuma o ar pela beleza e nobreza de suas ações e sentimentos. Isso não pode ser real? alguém não pode buscar viver esse mito? Pode... e deve! E como embeleza a vida!</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Também neste dias, eu lia um texto de alguém que dizia que, assim como o corpo físico é parente da terra, a energia de nosso corpo é parente da água, e os sentimentos, da mesma família do ar. Isso significa que, estimulados em sua natureza, os sentimentos tendem a se elevar, a buscar as camadas mais rarefeitas da atmosfera. Não é certo tingi-los de terra; isso os profana e descaracteriza.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
O homem é sempre uma mistura “de um e do outro”, como diria Platão; é uma escolha nossa o que vamos, não ignorar, mas, por pudor e amor a nós mesmos e ao outro, ocultar e trabalhar secretamente, e o que vamos expor ( e o que vamos realçar, em nós e no outro) para ajudar a construir o mito, por exemplo, de um relacionamento. Se expusermos que queremos exalar doces perfumes, ou um hálito de dignidade e nobreza, ou um rastro de sobriedade e coerência, seremos príncipes e princesas, porque o sangue que corre em nossas veias será, por definição, azul como o céu dos sentimentos que ele busca. E será... <u>porque o queremos</u>, e nada mais sólido e real do que a vontade humana, capaz de moldar a matéria do mundo na forma que se empenhe em fazer, como tantas vezes nos demonstra a história.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
E assim, os cavalheiros (já não mais simples homens!) vencerão a inércia e abrirão caminhos, e sua bravura não será predadora, pois os caminhos que abrirem serão cultivados por suas damas (e não apenas mulheres!) com beleza e com vida. E matarão dragões, sobretudo o dragão do egoísmo, pois o amor de suas damas não lhes permitirá que seu impulso atente contra nada que é nobre e bom. E protegerão suas damas... sobretudo de si próprias, para que sua imensa capacidade de amar não seja toda canalizada para coisas pequenas, limitadas ou até fúteis, “sufocando” aqueles que a cercam de carência e sentimentos de posse e deixando estéreis os caminhos do mundo. Que sociedade construiríamos, assim? Quem não gostaria de viver nela?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Cervantes, no seu Dom Quixote, fala de um homem que acreditava nisso. E, para os que pensavam que seu livro fosse uma simples sátira de costumes, deixa uma simbólica frase, na portada de sua obra: “Após as trevas, espero a luz”. Sempre quis dizer a ele: estamos tentando, querido Cervantes; estamos tentando ser luz, e distribui-la por onde passamos, como quixotes em pleno século XXI.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Amanhece, e saio para o trabalho. Não sou uma simples mulher, nem meu companheiro, um simples homem: somos uma dama e um cavalheiro que saem para sua gesta heroica; à noite, nos reuniremos em torno de nossa pequena “Távola Redonda”, e compartilharemos nossos feitos, e saborearemos, mais que apenas alimentos físicos, a glória, ou essa pequena parte dela a que fizemos jus. E imaginaremos formas de resgatar a grande princesa, a humanidade, da fortaleza obscura onde não se permite sonhar, onde se encontra prisioneira do dragão do materialismo. E assim será... <u>porque o queremos</u>, e nada, nada há mais real, neste mundo, que a imaginação e a vontade humana, ferramentas com que se constroem realidades em todos os planos, e em todos os tempos.</div>
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Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-29440312556444765882014-06-23T12:57:00.003-07:002014-06-23T12:57:54.331-07:00Solidão<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
À parte de crenças e ideologias, há algo que é unanimemente reconhecido e patenteado pelos ditos populares: chegamos a este mundo sozinhos, e também partiremos dele da mesma forma. Se há um lugar de onde viemos e para onde vamos, o que, reitero, não vou discutir aqui, não podemos saber ao certo se esta solitária situação se perpetua, mas é uma possibilidade.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
O fato é que aqui chegamos, nesse mundo de coisas transitórias e de discutível realidade, e há algo inegavelmente real: o outro. Por trás de uma vestimenta corpórea mutável, estes seres à nossa volta existem de fato, e possuem, dentro de si, o mesmo mundo de possibilidades que há em nós: sonhos, expectativas, vislumbres de ideias ousadas e de sentimentos grandiosos. São universos, como nós; são reais. Apesar disso, ao chegarmos a este mundo, encapsulados e isolados, não realizamos plenamente a nossa ânsia de ir ao outro, de senti-lo, de considerá-lo. É como se construíssemos uma nova cápsula e nos trancássemos nela, por comodismo, por vício, por medo...sabe-se lá por quantas outras razões. Ainda quando existe o outro no nosso mundo... será mesmo o outro, ou uma projeção que criamos de nossas necessidades de atenção, de vitimização, de culpados por nossas debilidades, de observadores de nossas conquistas... será mesmo o outro, ou apenas... o nosso espelho?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Acho saudável a curiosidade de querer limpar-se de qualquer carência ou expectativa, presunção ou ansiedade e querer de fato mergulhar, de olhos e alma limpos, nesse mistério que é o outro. Talvez este seja o único, o glorioso momento em nossas existências em que não estejamos sozinhos! O outro, por trás de nossas alienações e projeções, é um ser real, um universo, um mistério a ser desvendado.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Estes dias, lia sobre a nova hipótese científica de universos existentes em paralelo ou multiversos, e a imaginação do pesquisador sonhava com, se a hipótese fosse confirmada, o momento em que estes universos pudessem se perceber mutuamente e, quem sabe, estabelecerem algum tipo de comunicação.. que ousado sonho! Quanto tempo e trabalho será necessário para que algo assim seja plausível!</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Como esse hábito que os filósofos têm de encontrar relações simbólicas entre tudo que é possível relacionar, não pude deixar de pensar no tempo e trabalho que a natureza deve ter empregado para que nós, universos conscientes uns dos outros, pudéssemos nos comunicar, e... e agora?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Imagino que talvez devêssemos, esporadicamente, brincar de imaginar que não há mundo ou mundos melhores do que este, onde há seres reais à nossa volta; imaginar que talvez a fraternidade não seja um oneroso dever, mas uma grandiosa oportunidade, talvez única, talvez escassa. Sartre imortalizou a famosa frase: “O inferno são os outros...” Existe alguma lei que nos proíba de questionar este pretenso axioma e ousar pensar que a oportunidade, a realidade, a realização são os outros?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Que tal desgrudarmos um pouco da obsessão do eu sou, eu fiz, eu quero... tomarmos distância para ver a nós mesmos com sobriedade e lucidez, e... estabelecermos contato? Procurarmos o outro com o honesto desejo de atar laços, os mais sólidos e profundos possíveis, talvez guardando o oculto desafio de querer ver qual cápsula de solidão, deste ou de qualquer mundo, será capaz de romper este laço ? Talvez, ao mergulharmos fundo em nós, percebamos que a felicidade, a realização, a plenitude tenha a ver com União, com o encontro de parte de nós que está no outro, e talvez a vida possa se resumir a... uma oportunidade.</div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-16194756479058503862014-06-23T12:56:00.003-07:002014-09-12T06:25:10.049-07:00A vida real e a ficção<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px; text-indent: 35.45pt;">
Numa destas noites em que a insônia nos ataca pelo meio da madrugada e nossa cabeça fica povoada de imagens rápidas, umas vezes sem sentido, e outras, nem tanto, me veio uma interessante cena de ficção à mente. Assim foi e assim gostaria de transmiti-lo: como uma imaginativa ficção mental, sem pretensões a verdades ou revelações, mas a simples imagens que se prestam a reflexões interessantes.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px; text-indent: 35.45pt;">
Imaginei a mim mesma passeando por um daqueles enormes suportes de roupa, tipo “araras’, que existem em camarins de artistas. Só que esse era imensamente grande (eu não alcançava ver seu fim), e com todos os cabides ocupados. Ao passar por um espelho, neste grande camarim, constatei, surpresa, que eu não conseguia identificar nitidamente os traços do meu rosto. Só aí foi que percebi que todas aquelas “roupas” penduradas nos cabides eram os inúmeros corpos (e rostos!) que utilizei, ao longo de infinitas experiências, em quase infinitas vidas. Percebi que o “eu”, ali, era minha Alma, pura, limpa, sem nomes ou formas passageiras...</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px; text-indent: 35.45pt;">
Passei novamente ao lado da arara de “roupas”, agora contemplando de perto aqueles rostos: alguns sofridos, alguns serenos, mas todos eles meus velhos conhecidos; todos eles, rostos com que, por milhares de vezes, mirei o espelho da vida e declarei: este sou eu.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px; text-indent: 35.45pt;">
Mil perguntas me vieram da contemplação destas “vestimentas”: quais foram os sonhos de cada uma delas? Será que alguma sonhou... comigo? ou apenas quis chamar para si todos os méritos e atenções, ansiosas por uma eternidade que jamais teriam? Quantos dos sofrimentos que marcam seus rostos não vieram desta busca insensata e fadada ao fracasso? Quantos sofrimentos foram válidos, e quantos em vão? quantos lhes deram a oportunidade , ainda que por um fugaz relance, de me perceberem ou lembrarem de mim?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px; text-indent: 35.45pt;">
Elas me amaram? Amaram a alguém? A si próprias? Não saberia dizer. Iludidas pelo espelho, fundamentadas numa identidade tão tênue e superficial... como poderiam desenvolver sentimentos profundos?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px; text-indent: 35.45pt;">
E eu... as amei? Olhando-as assim, em perspectiva, todas me despertam grande compaixão, por suas expectativas frustradas, suas buscas desesperadas e nem sempre bem sucedidas por respostas, seus apegos e perdas constantes, sua caminhada inexorável em direção a uma porta assustadora, onde se deixa “tudo” e não se vislumbra o que restará, do outro lado...</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px; text-indent: 35.45pt;">
Mas algumas, sim, me evocam amor. Aquelas que me buscaram e encontraram (eu as esperava ansiosamente!) e aprenderam a dialogar comigo e a me servir, no palco que lhes coube viver. Juntas, compomos e executamos belos espetáculos, neste mesmo palco, e elas, humildes, não quiseram tomar os frutos deste esforço para a glória de seus fugazes nomes. Não foram sempre geniais, estas minhas “filhas diletas”, algumas foram mesmo muito simples; o mais das vezes, apenas devotadas servidoras, que me permitiram imprimir meus passos no mundo, e se realizaram e foram plenas assim, ao cumprirem bem seu papel. Estas, eu as guardo comigo; tiveram sua dose de realização e felicidade e encontraram sua merecida imortalidade em meu coração. Pelo contrário, as que mais pensaram e serviram a si próprias, na ânsia por permanecerem... foram as que mais rapidamente foram esquecidas, mudas e tristes, em seus cabides....</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px; text-indent: 35.45pt;">
Por um instante, porém, me atinge como um raio a surpreendente ideia de que talvez também eu, Alma, seja igualmente apenas uma “roupa”, uma em meio a infinitas outras, penduradas em cabides, ocasionalmente examinada por um atento Protagonista, Uno e Absoluto, que observaria, cuidadoso e pensativo, todas as suas máscaras no mundo da manifestação, fazendo conjecturas da mesma natureza que as minhas, em relação a minhas vestimentas... Destes muitos raios-Alma que partiram de um mesmo centro luminoso, quais foram fieis portadoras de sua Luz, com a menor obstrução e desvio...? quais o representaram dignamente, foram seus dígitos, nos quatro, ou oito, ou infinitos cantos do Universo? Quais cumpriram fielmente com sua natureza de luz, trazendo visão, discernimento, calor...Vida, em sua mais pura e elevada expressão?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px; text-indent: 35.45pt;">
Fico imaginando se a mais humilde das minhas vestimentas, pendurada agora em um esquecido cabide, na periferia e penumbra da criação, tão distante deste Sol central... se ela tivesse se percebido como um raio, percebesse a quem servia, tivesse algum vislumbre deste Centro... como teria sido sua vida? se ela visualizasse essa imagem: um único Sol e seus inúmeros raios, qual o espaço para a separatividade? para o egoísmo? e a crueldade e a violência? luz contra luz? qual a necessidade de leis e penalidades para proteger a luz da luz? qual a dúvida sobre como encontrar a realização... e a eternidade?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px; text-indent: 35.45pt;">
Despertei deste meu “devaneio da madrugada” com o Sol banhando meu rosto... uma curiosa “coincidência”, um ponto de encontro entre o sonho e a realidade... embora sinta que sempre levarei comigo a dúvida, que se inclina intuitivamente para uma resposta: qual dos dois mundos é o sonho? qual é a realidade?</div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-25956436733940923372014-06-23T12:54:00.002-07:002014-06-23T12:54:40.627-07:00A Unidade: apenas um algarismo?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px;">
Há um livro particularmente belo, da filósofa russa Helena Blavatsky, que se intitula <i>“A Voz do Silêncio”</i>, o qual traduz alguns dos princípios fundamentais do budismo tibetano. Trata-se aí, dentre muitos outros assuntos, da chamada “heresia da separatividade”, que, segundo esta tradição, é a fonte de todos os problemas dos homens: sentirem-se separados uns dos outros, e não parte de uma Unidade.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px;">
Nestes dias, pensando sobre a forma mais efetiva que se poderia utilizar para, de fato, ajudar as pessoas à nossa volta a vencerem um pouco de suas aparentemente insolúveis dificuldades e dores, lembrava-me desse tão abstrato ensinamento e, nesse momento, ele me pareceu incrivelmente concreto e prático. Haverá algo mais efetivo a ser feito por aqueles que amamos do que ajudá-los a vencer a separatividade?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px;">
Observo que, em grupos familiares, quando há alguém que sofre um problema mais grave, de saúde, por exemplo, os pequenos problemas individuais de cada um como que se dissolvem no ar, unidos por um laço de amor e solidariedade... Isso me fez refletir: e se a humanidade fosse nossa família? Em cada canto do mundo, haveria sempre uma chamada para o nosso coração... onde arrumar tempo para tantas susceptibilidades, para “O hábito de sofrer, que tanto me diverte...” de que falava o poeta Drummond? Se somos um corpo, a consciência corre a atender aquele ponto que mais dói e sofre, e os pequenos desconfortos das demais partes são esquecidos e até superados, e é lógico que assim seja...</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px;">
Ver e sentir o outro, à nossa frente, na vida, creio que é um passo indispensável para ver e sentir o outro, à nossa frente, no espelho; muita preocupação com a pele talvez faça esquecer do coração, ou seja, pensar demais em nós, como superfície, faz com que nos esqueçamos até mesmo de nós, como essência. Um ciclo vicioso de superficialidade, vaidade, susceptibilidade... de vazio, enfim. Um vazio a ser preenchido com angústia e solidão.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px;">
Penso que, quem ama o ser humano, deveria se comprometer seriamente em ajudá-lo a livrar-se da tirania do “eu” e do “meu”, da asfixia do “me amam ou não me amam”, da obsessão do “o mérito é meu, e não seu”... Quer presentear a quem ama? Dê-lhe um pacote turístico para viajar pelo coração das pessoas, para senti-lo e se comprometer com ele! Os homens que o fizeram, na história, tiveram muito mais do que felicidade... tiveram Glória... ou seja, todos que fizeram essa viagem, recomendam... mas vá você na frente, traga “fotos” e as mostre, o tempo todo, em tudo o que faz; compartilhe o “roteiro” nas redes sociais... aventure-se por um dos maiores mistérios da natureza humana. Se ainda não possuir vocação turística para locais exóticos ou espírito desbravador... faça-o pelo menos (ou “pelo mais”)... por Amor.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px;">
</div>
<div align="justify" style="background-color: white; font-family: Calibri; font-size: small; line-height: 18.459999084472656px;">
<i>"</i><span style="font-family: Calibri,sans-serif; line-height: normal;">Você deve perder</span><i> o </i><span style="font-family: Calibri,sans-serif; line-height: normal;">seu coração</span><i> e buscá-lo em todos os lugares. Quando você o encontrar, você o descobrirá como o coração de todas as coisas." N. </i><span style="font-family: Calibri,sans-serif; line-height: normal;"><i style="line-height: 18.459999084472656px;">Sri Ram</i></span>.</div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-64464186109807002042014-06-23T12:51:00.006-07:002014-06-23T12:51:55.864-07:00Valores servem para curriculum?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Tahoma; font-size: 13.63636302947998px; line-height: 18.933334350585938px;">
<span style="font-family: Calibri; line-height: normal;">A pergunta parece absurda, e a resposta, óbvia: claro que não. O que serve para é a capacitação técnica, devidamente comprovada, em algum ofício, que permite gerar resultados tecnicamente satisfatórios. Quanto mais experiência neste exercício, ainda melhor. E os jovens e adultos saem à procura de títulos que preencham seus </span><span style="font-family: Calibri; line-height: normal;"><i style="line-height: 18.933334350585938px;">curriculum’s</i></span><span style="font-family: Calibri; line-height: normal;"> segundo aquilo que se espera dele, o que é natural.</span></div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Tahoma; font-size: 13.63636302947998px; line-height: 18.933334350585938px;">
<span style="font-family: Calibri; line-height: normal;">Um dia destes, andado pela rua à procura de um profissional específico, fui tomada por um pensamento curioso: quantos profissionais, na minha vida inteira, me marcaram a ponto de criar vínculos, me fidelizar como cliente, suprir realmente minhas necessidades? Fiquei surpresa ao perceber quão poucos: cabiam nos dedos de uma mão, ao longo da minha quase cinquentenária vida, ou seja, um por década. Lembrei rapidamente do médico da família, aquele senhor tão humano e cativante que não sossegava enquanto não nos sentimos melhores, e parece que compartilhava e até antecipava nossas dores e preocupações...quantas especializações possuía? não sei se havia alguma...</span></div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Tahoma; font-size: 13.63636302947998px; line-height: 18.933334350585938px;">
<span style="font-family: Calibri; line-height: normal;">E aquela jovem que me atendia na lojinha de roupas, que se dava ao trabalho de ligar lá para casa quando chegava alguma coisa que era “a minha cara”, escondendo a mercadoria dos outros clientes? Quantos anos comprei roupas apenas naquela lojinha, de duas portas, numa quadra pouco movimentada?</span></div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Tahoma; font-size: 13.63636302947998px; line-height: 18.933334350585938px;">
<span style="font-family: Calibri; line-height: normal;">E o garçom que sorria à nossa chegada, sabia o que as crianças gostavam de comer, perguntava pelo primeiro dentinho caído... quantos anos comendo no mesmo restaurante! E não havia nenhum “<i>chef</i>” de padrão nacional ou internacional na cozinha...</span></div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Tahoma; font-size: 13.63636302947998px; line-height: 18.933334350585938px;">
<span style="font-family: Calibri; line-height: normal;">Não sei...talvez seja só uma fantasia... mas me parece que que o patrão que contrata o técnico experiente de caráter duvidoso em detrimento da pessoa íntegra e entregue ao que faz não é um ser muito dotado de perspicácia. Treinamento técnico, se adquire (ainda mais quando se considera que as pessoas de valores costumam ser bem motivadas ante o novo)...mas onde aprender caráter e humanidade? De que vale o “curriculum de peso” que se entrega à ociosidade ou a práticas desonestas assim que o patrão lhe dá as costas? Não estaremos pagando muito alto por papel descartável, do ponto de vista prático?</span></div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Tahoma; font-size: 13.63636302947998px; line-height: 18.933334350585938px;">
<span style="font-family: Calibri; line-height: normal;">Ainda acho que aquele médico, aquela vendedora, aquele garçom, aquele marceneiro e outros do tipo sempre se destacarão e encontrarão seu lugar à luz, ainda mais num mundo em que são cada vez mais raros. Apesar disso, a formação de jovens e adultos que se dirigem ao mercado de trabalho menospreza qualquer coisa que se refira a valores... que pena! Para eles e para todos nós, que perdemos todos, na humanidade.</span></div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-25230186975546835062014-06-23T12:49:00.002-07:002014-06-23T12:49:15.716-07:00Natal<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Esses dias, tive a oportunidade de assistir a um belo filme, já relativamente antigo (2006), que narra um fato histórico real: no Natal de 1914, quase cem anos atrás, no front de batalha da 1ª guerra mundial, três trincheiras de combatentes estavam bem próximas: os alemães, os franceses e seus aliados irlandeses. De repente, na noite do dia 24, um padre que servia na frente irlandesa começa a tocar sua gaita de fole com canções natalinas. Do front alemão, um tenor famoso, que servia como soldado, responde cantando. Em minutos, ambos sobem nas trincheiras e prosseguem com seu estranho dueto.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Subitamente, os três comandantes vão para o centro do campo de batalha e pactuam um cessar fogo por aquela noite... mal haviam concluído o acordo, veem seus homens saindo das trincheiras, trocando garrafas de vinho e pequenos petiscos, desejando-se mutuamente feliz natal, mostrando fotos de suas famílias que ficaram para trás... tudo termina numa bela missa conjunta... e numa punição a todos, vinda de seus respectivos superiores, no dia seguinte.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
O filme, que, a propósito, se chama “Feliz Natal”, mais que uma mensagem de uma muito falada e pouco vivida fraternidade, tão propalada nesta época do ano e esquecida no máximo até o <i>reveillon</i>, me trouxe algumas reflexões sobre o ser humano: o drama humano de querer separar aquilo que naturalmente tende a estar unido. De colocar “trincheiras” dentro do seu coração e só amar o que está dentro delas; de se condenar a uma guerra eterna contra tudo e contra todos que não atendam aos seus interesses, pois, no fundo, todas nossas pequenas e grandes guerras da modernidade são defesas do egoísmo; de atentar contra a própria felicidade, pois, saiba ou não disso, a felicidade do ser humano só pode ser encontrada... entre seres humanos. Pensei em como este conjunto de símbolos, luzes e decorações, que invadem nossas cidades nesta época, trazem à tona, em nós, uma excitação quase infantil, uma lembrança tão pura e cálida, que adorna as nossas vidas, um encontro marcado com um sonho. Com o que sonhamos? O que alimenta nossas esperanças no homem, em nós mesmos, em cada Natal?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Experimente olhar para sua árvore natalina, essa, que deve já estar montada em sua sala, e imaginar que ela representa a vida: uma espiral ascendente rumo a uma Estrela... e que os adornos luminosos que se reúnem em torno dela, mais próximos uns dos outros à medida que sobem, são os homens, somos nós. Essa estrela luminosa ressurge anualmente e renova seu convite de ascensão e de união... quando o aceitaremos?</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Talvez apenas neste dia, e não antes, possamos viver de fato um Feliz Natal. Aqueles soldados, no meio da neve, da desolação e da morte, em 1914, foram capazes de perceber esse convite e aceitá-lo... isso é uma esperança.</div>
<div align="justify" style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 22.71999740600586px; text-indent: 35.45pt;">
Neste Natal que se aproxima, como filósofa, desejo que suas estrelas falem, seus pinheiros inspirem, suas esperanças brilhem e seus sonhos humanos mais belos caminhem para a realização. Afinal, como seres humanos que somos, nossos sonhos humanos... são um único sonho.</div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-14995321487011884172014-06-23T12:34:00.002-07:002014-06-23T12:34:13.096-07:007 de setembro<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15.454545021057129px; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Sem recorrer a numerologias exóticas, chama-nos a atenção o fato de que nossa data nacional faça referência por duas vezes a um mesmo algarismo: o sete. Para quem não sabe, o nome do mês de setembro vem do latim <i>septem</i>, sete, pois esse era o sétimo mês do primeiro calendário romano, antes da reforma do imperador Numa Pompílio, no século VII a.C.</div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15.454545021057129px; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Também não precisamos correr muito atrás de complexas numerologias para lembrar a todos o quanto este número teve impacto na história da humanidade, nas mais diversas civilizações. Sinteticamente, trata-se do símbolo da harmonia entre céu (3) e terra (4), o centro dos dois triângulos entrelaçados (Estrela de Salomão), o sábio abraço entre céu e terra, que se sintetiza em um ponto central, comum a ambos.</div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15.454545021057129px; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Isso dito, basta convencê-los de que as palavras que designam os fatos, seus nomes, talvez não sejam tão casuais, mas podem tender a coincidir com seus significados mais internos e desconhecidos, tese já defendida pelo filósofo Platão, em seu diálogo “Crátilo”. Enfim, proponho considerar que o temperamento brasileiro, marcado por essa histórica data nacional, pode se inclinar para uma natural espiritualidade, uma busca de conhecimento deste “ponto interno”, uma busca de harmonia, coisa não difícil de crer, dado nosso pendor à alegria, a desdramatizar a vida, a suportar com bom ânimo a adversidade.</div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15.454545021057129px; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Vivemos um momento em que qualquer conceito sempre se vê interpretado numa chave materialista e imediatista; falar de pátria e de patriotismo, por exemplo, sempre deriva para discussões intermináveis (que não vou questionar se legítimas ou não) sobre problemas políticos e sociais da atualidade. É como se um jovem não conseguisse dizer “Eu te amo” à sua companheira sem que ela começasse a desenrolar um fio interminável de considerações sobre a viabilidade econômica e profissional de um casamento, dadas as atuais condições de temperatura e pressão... que me perdoem os muito objetivos, mas um pouco de poesia é fundamental (e que o poeta também me perdoe a paródia!)</div>
<div style="background-color: white; color: #444444; font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 15.454545021057129px; line-height: 21.299999237060547px; margin-bottom: 1.35em; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
De vez em quando, é bom falar de patriotismo lembrando um pouco desse espírito que nos dá saudade, quando nos ausentamos de casa por muito tempo... lembrar de Brasil, em qualquer lugar do mundo (colocando à parte as inevitáveis associações com personalidades muito ou pouco louváveis), é falar de um lugar inundado de sol e de uma natural alegria de viver....em bom “filosofês”: uma propensão à harmonia e a uma natural espiritualidade. A este espírito eu brindo, e é a ele que eu dedico meus melhores sentimentos (entre eles, uma pontinha de orgulho, por que não?), neste dia de “duplo sete”, no qual comemoramos nossa brasilidade.</div>
<div>
<br /></div>
</div>
Observações Matinaishttp://www.blogger.com/profile/08281624618352423966noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3026365064324758337.post-87006199653839749222014-06-23T12:27:00.002-07:002017-01-09T09:48:09.201-08:00O que é a Filosofia?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
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<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 17.05pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #444444; font-size: 12.5pt;">Ontem, atravessando a rua um pouco
desatenta, tropecei no meio fio e caí. Antes que pudesse me dar conta, já
havia, à minha volta, um jovem, trazendo meu sapato, arremessado longe, e uma
mão de uma senhora, que me oferecia, além da mão, um olhar cheio de carinho:
“Coitadinha! Machucou, filha?”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 17.05pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #444444; font-size: 12.5pt;">De pé e calçada, após agradecer e
caminhar como podia, pensei no que aconteceria se me dispusesse a falar de
filosofia para aquela senhora e aquele jovem: provavelmente sorririam, gentis,
mas iriam embora, pois isso absolutamente não lhes interessaria. Mas como pode
não lhes interessar, uma vez que a filosofia, como arte de viver de forma
humana, consiste exatamente em se comprometer com cada ser humano que cai,
sentir compaixão, tomar como problema nosso e desenvolver uma prática que nos
permita ajudá-los a se colocarem de pé, estando nós, primeiramente, de pé e bem
equilibrados?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 17.05pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #444444; font-size: 12.5pt;">Voltei para casa com uma boa raladura
nos joelhos e uma boa reflexão na mente: talvez não estejamos sabendo explicar
a filosofia direito, pois, filósofos em potencial, podemos encontrar para todos
os lados. Como explicar para as pessoas que aquele pensamento que lhe permitiu
banir uma tristeza, aquela energia que lhe permitiu superar um desafio, aquele
sentimento que lhe permitiu erguer e catar os sapatos de alguém, aqueles
princípios que lhe permitiram permanecer íntegros, quando outros optavam pelo
caminho mais fácil, tudo isso serve, tudo isso é <i>know how </i>de vida, e
talvez não haja uma arte ou ofício que necessite tanto de <i>know how</i>
quanto a arte de viver como seres humanos. Ainda que soe um pouco pesado, dada
a simplicidade deste artigo, não posso deixar de lembrar de Carl Jung dizendo
algo assim como “..É mais fácil desenvolver uma máquina que nos leve à lua do
que um conhecimento que nos leve ao coração humano.” Fato: já fomos à lua... e
coração humano permanece um mistério. Quem pisou nesse território e quis
ensinar como se faz, compilou esses ensinamentos numa disciplina: Filosofia.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 17.05pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #444444; font-size: 12.5pt;">Sei que haverá quem diga que isso
nada tem a ver com Filosofia, e que não passa de uma espécie de “autoajuda”.
Mas como ninguém detém o “testamento de Platão”, habilitando sua voz como única
real herdeira da Filosofia, eu reivindico meu direito a uma tréplica: nada mais
oposto à autoajuda do que essa filosofia naturalmente humana que proponho: autoajuda
é invocar céus e terra em busca de ferramentas para resolver suas egoísticas
questões e interesses pessoais. Filosofia não é jamais uma voz a mais para
vender para as pessoas um caminho fácil para atingir seus propósitos de êxito.
Não é autoajuda; é ajuda ao outro, ao todo, à condição humana, que jaz,
descalça e estirada na calçada, enquanto o egoísmo transita, cada vez mais
indiferente. Filosofia é conhecimento da natureza humana, em sua expressão mais
profunda, legítima e bela, e caminhos para trazê-la à tona. Filosofia é resgate
consciente, é pedagogia para captar e transmitir a arte de viver que anda sim
em alguns belos livros de grandes homens do passado, mas também anda pelas ruas
do presente, inconsciente de seu valor e de sua beleza.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 17.05pt; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="color: #444444; font-size: 12.5pt;">Parodiando o poeta Gibran, diria que
a Filosofia é a Vida, quando ela mostra seus tons mais belos, grandiosos e
humanos. Mas você tem em si a Vida... E você tem em si o humano!</span></div>
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